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Pois Davi dissera: “Uma vez que o Senhor, o Deus de Israel, concedeu descanso ao seu povo e veio habitar para sempre em Jerusalém”

Lawrence Maximus - 30/05/2022 11h14

Dia de Jerusalém Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI

Em 29 de maio, Israel comemora o Yom Yerushalaim, o Dia de Jerusalém. A celebração marca o momento em que tropas israelenses capturaram a cidade depois que ela foi mantida por potências estrangeiras por mais de 2 mil anos.

Muitos dizem que o coração e a alma do povo judeu é Jerusalém; e o coração de Jerusalém é o Monte do Templo. Quando o Coronel Motta Gur, durante a Guerra dos Seis Dias de 1967, disse: “O Monte do Templo está em nossas mãos”.

O Rabinato Chefe de Israel declarou em Jerusalém, dia de feriado religioso, a fim de agradecer a Deus pela vitória na Guerra dos Seis Dias e pela resposta da oração feita por 2 mil anos.

Nesse dia, o Yom Yerushalaim, são realizadas diferentes cerimônias festivas, tanto em Jerusalém como em outras cidades. Mas, ao mesmo tempo, são lembrados os soldados que caíram durante a conquista da cidade. Nas escolas, em todo o país, ensinam aos seus alunos o significado de Jerusalém, realizam festivais e o dia é marcado também nas escolas judaicas de todo o mundo.

Uma das imagens mais características dessa celebração é a chamada Dança das Bandeiras, onde milhares de pessoas marcham pelas ruas de Jerusalém em direção ao Kotel – o Muro das Lamentações – agitando bandeiras israelenses, cantando e dançando.

Na partilha da ONU em 1947, propunha-se uma criação de dois estados na Palestina, um judeu e outro árabe. Assim, Jerusalém seria uma cidade neutra, independente, uma cidade internacional; pois, nem judeus ou árabes teriam exclusividade por um período de dez anos. Um referendo determinaria aos residentes de Jerusalém qual país eles queriam aderir. A liderança judaica aceitou o plano incluindo a internacionalização de Jerusalém, mas os árabes o rejeitaram.

Assim que Israel declarou sua independência, em 1948, foi atacado em massa por países árabes vizinhos; a Jordânia tomou o leste de Jerusalém e a Cidade Velha. Os israelenses fizeram um esforço para desalojá-los, mas não tiveram sucesso – até o final de 1948 na Guerra árabe-israelenses, Jerusalém ficou dividida entre Israel e a Jordânia. A Cidade Velha e Jerusalém Oriental continuaram ocupados pela Jordânia, os habitantes judeus foram expulsos da cidade e suas sinagogas queimadas.

Sob o controle jordaniano, metade da Cidade Velha e as sinagogas foram destruídas e o cemitério judeu no Monte das Oliveiras foi saqueado e seus túmulos foram destruídos.

Essa situação mudou em 1967 como resultado da Guerra dos Seis Dias. Antes do início da Guerra, Israel enviou uma mensagem ao rei Hussein da Jordânia, dizendo que Israel não iria atacar Jerusalém na Cisjordânia, enquanto a frente da Jordânia ficasse quieta. Devido à pressão egípcia e com base em relatórios de inteligência enganosa, o rei da Jordânia começou a atacar os civis em Israel, que responderam em 6 de junho, abrindo a Frente Oriental. No dia seguinte, 7 de junho 1967, Israel conquistou a Cidade Velha de Jerusalém.

Mais tarde, naquele dia, o ministro da Defesa Moshe Dayan declarou o que é frequentemente citado durante o Yom Yerushalayim: “Esta manhã, as forças de Defesa de Israel libertaram Jerusalém, temos Jerusalém unida, a capital dividida de Israel, voltamos para o mais santo dos nossos lugares santos, para nunca mais reparti-la novamente”.

Pois Davi dissera: “Uma vez que o Senhor, o Deus de Israel, concedeu descanso ao seu povo e veio habitar para sempre em Jerusalém” (1 Crônicas 23.25).

Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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