Lawrence Maximus - 26/08/2025 13h59

O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou nesta segunda-feira (25) que vai “rebaixar” as relações com o Brasil após o Itamaraty ter ignorado a indicação de um novo embaixador.

Lula foi declarado “persona non grata” depois que acusou Israel de realizar um genocídio em Gaza, baseando-se em referências ao Holocausto para ilustrar sua afirmação. Netanyahu criticou Lula por comparar Israel a Hitler e disse que o presidente brasileiro deveria se envergonhar. Para o primeiro-ministro de Israel, Lula desonrou a memória de 6 milhões de judeus mortos pelos nazistas e agiu como antissemita.

De forma vexatória, o Brasil também se juntou ao caso da África do Sul contra Israel em Haia, formalizando no caso as acusações de Lula de genocídio. Em julho, Brasil retirou-se da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, onde atuou como membro observador desde 2021.

O Brasil, membro do Brics, também mantém relações com o Irã, apesar de seus ataques contra o Estado judeu, incluindo populações civis, e de um longo histórico de abusos de direitos humanos. O Brasil não tem embaixador em Israel desde que retirou o ex-embaixador do país, no ano passado.

O guru diplomático de Lula, Celso Amorim, prefaciou um livro pró-Hamas. Apesar das atrocidades do ataque de 7 de outubro, de forma aberrativa, Celso Amorim minimizou os atos do Hamas ao dizer que a reação do grupo veio depois de anos e anos de tratamento discriminatório, de violências, não só na própria Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia.

Nesta terça-feira (26), Israel Katz, ministro da Defesa de Israel, declarou que Lula desrespeitou a memória do Holocausto, revelando sua verdadeira face antissemita. Continua declarando: “Vergonha para o maravilhoso povo brasileiro e para os muitos amigos de Israel no Brasil que este seja o seu presidente”.

Sobretudo, é preciso lembrar que o Itamaraty de Lula-CelsoAmorim-PT cultiva vínculos com o grupo terrorista Hamas há décadas; portanto, é anti-Israel e pró-Hamas.

Por fim, agravaram-se, assim, os contornos da mais severa crise diplomática na história das relações entre os dois países, outrora reconhecidos como nações amigas, unidas por laços fraternais e alianças políticas sólidas…

Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.

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