Lawrence Maximus - 04/10/2024 09h27

A pergunta constante tem sido: estamos à beira de uma guerra regional total? Está claro que Israel enfrenta uma guerra multifrontal no Oriente Médio.

O Oriente Médio está no meio da crise mais perigosa da região em décadas. As hostilidades desencadeadas após o ataque do Hamas em 7 de outubro a Israel aumentaram drasticamente nos últimos dois meses, impulsionando Israel, o Hezbollah, o Hamas e o Irã a uma guerra ainda mais profunda.

Os principais campos de batalha foram Gaza, Líbano, Irã, Síria, Iraque, Iêmen e Israel, mas toda a região está à beira do abismo.

Na última terça-feira (1º), o regime terrorista iraniano realizou o maior ataque de mísseis balísticos na história do conflito contra Israel. Este, contudo, não foi o primeiro ataque direito do regime iraniano contra o território israelense. Em abril, Teerã disparou centenas de drones e mísseis contra o país.

O mundo está prendendo a respiração para o que vem a seguir. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometendo retaliar o Irã, disse:

– Eles cometeram um grande erro esta noite e vão pagar por isso.

Já o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, alertou que Israel enfrentaria uma reação dura se não parasse com o que chamou de “seus crimes”, enquanto um comandante iraniano ameaçou ataques mais amplos à infraestrutura se houver retaliação.

Em Khan Younis, Gaza, agora à sombra do conflito que perdura há meses, Um míssil do grupo terrorista houthis, no Iêmen, invadiu os sistemas avançados de detecção de Israel. Foi descoberto até que o míssil estivesse sobre o espaço aéreo israelense que foi finalmente derrubado.

No Líbano, além da escalada dos bombardeios de Israel – os milhares de pagers explodindo terroristas do Hezbollah em todo o país – os militares de Israel começaram a entrar no sul do Líbano e ordenaram que as pessoas evacuassem de quase 30 cidades e vilarejos.

Donald Trump acusou a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, e o presidente Joe Biden de “nos levar à beira da Terceira Guerra Mundial”.

Em suma, o 7 de outubro ensinou a Israel que meias medidas não funcionarão. A vitória é o único caminho para a segurança em longo prazo.

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Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.

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