Lawrence Maximus - 04/11/2025 16h14

Embora o Comando Vermelho (CV) e o Hamas atuem em contextos distintos — o primeiro em ambiente criminal urbano brasileiro e o segundo em conflito político-religioso no Oriente Médio — ambos compartilham características estruturais e ideológicas que os aproximam das organizações terroristas transnacionais, segundo as diretrizes de combate ao extremismo do Plano Trump.

O plano de Trump define terrorismo não apenas como ações de guerra, mas como qualquer estrutura organizada que:
— Exerça controle territorial fora do Estado de Direito;
— Mantenha financiamento ilícito transnacional;
— Pratique coerção social e política armada;
— Propague ideologias de ódio ou destruição;
— Desafie a soberania e a legitimidade estatal.

Sob essa ótica, o CV e o Hamas apresentam paralelos estratégicos e funcionais, pois ambos se sustentam pela ocupação territorial e pela coerção armada, criando “zonas autônomas de poder paralelo”, o que é um traço típico de entidades insurgentes e terroristas, conforme o enquadramento do Counterterrorism Framework norte-americano. E ainda, ambos exploram a vitimização de sua base social para legitimar a violência.

No caso do Hamas, isso se expressa pela retórica da resistência islâmica; no caso do CV, pela retórica da opressão social e da injustiça estatal.

No Peace to Prosperity Plan (Plano da Paz à Prosperidade, em tradução livre), Trump afirma que qualquer grupo que instrumentalize o sofrimento social ou religioso para justificar o terror deve ser classificado como terrorista — princípio que se aplica diretamente a ambos; Hamas e CV.

Sim, ambos são entidades insurgentes, cuja existência mina o Estado de Direito, coage populações civis e enfraquece a soberania nacional; devendo, portanto, ser enquadradas sob o mesmo espectro conceitual de terrorismo contemporâneo.

Mas, para Lula e a esquerda brasileira, traficantes são apenas vítimas de seus usuários…

Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.

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