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A rebelião dos narcisos

O PSOL é o partido do narcisismo travestido de justiça

Juliana Leite - 03/11/2025 11h29

O PSOL é uma espécie de seita sem Deus, devota apenas da própria virtude. Um partido que vive de denunciar o mundo, mas jamais o entende. É o moralismo dos que confundem discurso com destino — e acreditam que repetir chavões de rede social é o mesmo que transformar o país.

O horror do PSOL é sua fé no próprio fingimento: gente que fala em nome do povo, mas jamais se mistura com ele. É a política como selfie, a revolução com filtro e ring light.

Guilherme Boulos é o messias desse culto, mas sem nenhum milagre a apresentar. Um agitador com pose de intelectual, cuja retórica é tão cheia de slogans quanto vazia de ideias. Fala como quem tenta parecer profundo e só consegue ser prolixo.

Erika Hilton, sempre teatral, domina a arte de transformar indignação em espetáculo — o plenário vira palco, o discurso, vitrine.

E Talíria Petrone surge como a versão acadêmica da mesma peça: fala muito, grita mais ainda, e acredita que histeria é argumento.

O PSOL é o partido do narcisismo travestido de justiça. Vive de frases prontas e causas prêt-à-porter, de indignação sob medida e de moral de vitrine. É o retrato da política que se perdeu em performance — uma trupe de atores que decoraram falas sobre liberdade, mas não suportam a contradição. Nenhum deles quer mudar o mundo: querem apenas ser aplaudidos por parecer que tentam.

Juliana Moreira Leite é jornalista especialista em cultura, escritora e curiosa. Nesse espaço vai falar sobre assuntos da atualidades sob a sua visão.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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