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Usamos sempre a compaixão?

A neurociência social também valoriza e explica o exercício da compaixão

JR Vargas - 06/06/2018 13h17

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um estudo desenvolvido a partir de uma pesquisa realizada com cerca de mil líderes de mais de 800 organizações, identificou que um gestor que lidera com compaixão estimula a melhor colaboração da equipe, um maior comprometimento do time e diminui a rotatividade de funcionários. Dr. Daniel Goleman, numa das edições do TED, contou que uma análise da compaixão por meio da neurociência social, mostrou que os circuitos, por padrão, nos dizem para ajudar. Isto é, se notamos outra pessoa com algum tipo de necessidade, automaticamente temos empatia e sentimos o que ela sente. Segundo ele, os neurônios espelho são ativados em nós nas mesmas áreas dos nossos semelhantes.

Assim, se a pessoa tem alguma necessidade, estamos preparados para auxiliar. Concluo que aquilo que os funcionários almejam, ou seja, um líder com compaixão, pode ser encontrado em todas as pessoas. Se isso é verdade, por que procuram e não encontram?

Goleman me ajudou a entender essa questão a partir de um ótimo exemplo. Alunos de teologia do Seminário de Princeton receberam a missão de preparem sermões. Metade deles deveria pregar a partir da Parábola do Bom Samaritano. Um a um foram sendo orientados a deixar um prédio e caminhar até outro. No percurso havia um homem gemendo, abaixado e claramente necessitado. A pergunta é: eles pararam para ajudar? O fato de estarem pensando no texto bíblico, que narra a ajuda a um estranho que sofria à beira do caminho, fez alguma diferença?

O resultado é consideravelmente triste. Eles achavam que estavam com pressa, e assim não podiam parar, e entretidos com o que deveriam pregar, não podiam viver a pregação. A descrição mais simples é que eles não estavam olhando para o lugar certo.

Na parábola narrada por Jesus e registrada em Lucas (10.25 – 37), um intérprete da Lei se levantou para pôr Jesus à prova. Eles conversam e nasce uma valiosa questão, por parte do religioso: Quem é o meu próximo? A partir dessa pergunta, Cristo mostra que dos três que viram o homem desnudo, ferido e quase morto, o único que olhou para ele foi o samaritano. Esse olhar gerou a conexão e esta produziu a ação. A lição de Jesus foi por ele mesmo vivida em diversas ocasiões, como no caso de Bartimeu – o cego de Jericó, de Jairo – o pai aflito, do patrão amoroso – o centurião, da condenada à morte – pega em flagrante adultério.

A compaixão é verdadeira no ministério de Cristo e deve ser espelhada nos cristãos de todo o mundo e espelhada por estes aonde quer que andem. No tempo em que desviar os olhos para evitar sofrer com os que sofrem se tornou normal, é bem importante que o mundo se levante para dizer: precisamos de compaixão!

O que ouço? Meus ouvidos recebem outra mensagem: Queremos Cristo! Onde Jesus estiver, ali haverá compaixão. As grandes corporações desejam o mesmo que todo o mundo: Jesus Cristo.

 

JR Vargas é pai do Lucas Campos Vargas; Pastor Plantador da Igreja Presbiteriana das Américas, na Barra da Tijuca, RJ; Radialista, Apresentador do Debate 93, da Rádio 93FM; Escritor; Graduado e Pós-graduado em Comunicação Social e Teologia.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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