Leia também:
X Na graça tudo é muito mais! – Parte 1

Papai do Céu

Enquanto a cultura secular insiste em ocupar o lugar de Jesus, nesta época, através de Noel, a Igreja assume e proclama o “Papai” do Céu

JR Vargas - 20/12/2017 08h00

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome” (Mateus 6.9)

Jesus nos abriu um caminho novo e extraordinário ao nos ensinar a chamar Deus de Pai. Para um judeu dos dias de Cristo essa referência era surpreendente e nunca antes havia sido utilizada. Jesus estabeleceu uma linguagem original, no diálogo com Deus, ao usar a expressão aramaica abba, que habitualmente era usada pelas crianças equivalendo, aproximadamente, ao nosso “papai” ou “paizinho”.

O Senhor estabeleceu um modelo de relacionamento com a gente, iniciado por Ele, que nos dá livre acesso e liberdade, por meio de Cristo, para que conversas francas e diretas se tornem comuns e frequentes. A nossa comunicação com o Papai do Céu deve ser marcada pela simplicidade. Abra o seu coração diante de Deus e confesse seus pecados, inclusive aqueles supostamente secretos, sobre os quais o Senhor já sabe, contudo espera ouvir de você a mais sincera declaração de arrependimento e determinação para mudança. Esse entendimento reflete uma intimidade com Deus somente oferecida aos filhos a quem Ele resolveu amar e adotar.

Cristo inseriu em nós a marca de filhos. Ao nos dirigirmos a Deus como “papai”, estamos verbalizando a nossa filiação espiritual. Esta exprime nossa dependência e obediência ao Senhor. Em geral, nos sentimos maiores do que de fato somos. De verdade, precisamos reconhecer nossa pequenez e assim vivenciar e conjugar continuamente o verbo depender. A nossa humanidade caída, manchada pelo pecado, quer nos tornar altivos e assim nos julgamos autossuficientes. Entretanto, ao conhecermos a Deus como o “Papai”, somos constrangidos por seu maravilhoso amor. Ele decidiu nos adotar, apesar de nós.

Jesus veio buscar e salvar o que se havia perdido. Cada um desses salvos foi se somando a outros, já eleitos desde antes dos tempos eternos, e uma família foi sendo constituída. Nessa casa não há maiores, a exceção de Cristo. Somos iguais e cada um recebe dons e talentos do Espírito Santo para servir segundo o maravilhoso propósito do Senhor. Deus é meu Pai e ao mesmo tempo nosso Pai. Há um conceito de pertencimento singularizado e pluralizado a Ele. Ele não me pertence. Nós pertencemos a Ele.

O que aprendemos com as crianças dos dias de Cristo, devemos ensinar para as do nosso tempo e de forma equivalente reconhecer e tomar posse da honra de nos relacionarmos com Deus como nosso “Papai”. Enquanto a cultura secular insiste em ocupar o lugar de Jesus, nesta época, através de Noel, a Igreja assume e proclama o “Papai” do Céu. Foi o Filho quem nos ensinou. O mesmo Filho que se tornou o maior presente que a humanidade poderia receber. Por causa do Pai temos o Filho e assim celebramos o natal. Que o Senhor derrame sobre você, sua família e amigos grandes bênçãos neste natal e durante todos os dias da sua vida.

JR Vargas é pai do Lucas Campos Vargas; Pastor Plantador da Igreja Presbiteriana das Américas, na Barra da Tijuca, RJ; Radialista, Apresentador do Debate 93, da Rádio 93FM; Escritor; Graduado e Pós-graduado em Comunicação Social e Teologia.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
Siga-nos nas nossas redes!
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.