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O sucesso dele foi sorte?

Aqueles que avaliam o sucesso dos outros como sorte não aferem com precisão o que estas pessoas estavam fazendo quando a oportunidade chegou

Josué Valandro Jr. - 23/03/2019 11h06

Temos que, com otimismo e fé, nos preparar o tempo inteiro para a oportunidade que vai chegar Foto: Pixabay

A busca pelo sucesso é inerente ao homem. Toda pessoa quer vencer o desafio à sua frente, quer superar a dificuldade, quer um resultado positivo em qualquer performance.

Posso exemplificar isso com a aplicação de um teste escolar. Que aluno faz o teste torcendo para não saber as respostas e ganhar um “glorioso” zero? Que aluno recebe o teste corrigido pelo professor com a expectativa de ver sinais de erro a cada questão?

E, se falarmos de um empregado de uma empresa, quem começa a trabalhar numa organização torcendo para ser mal avaliado e demitido no mês seguinte? Quem não espera ser valorizado, ter aumento salarial e de benefícios, ou mesmo ser promovido?

E se falarmos dos esportes, que menino começa a treinar num clube com a expectativa de ser reserva do reserva, e de ser dispensado do clube meses depois? Enfim, a busca do sucesso está no DNA de uma pessoa saudável emocionalmente.

É neste contexto que nos deparamos com as avaliações do sucesso ou fracasso, não apenas de nós mesmos, mas também de outras pessoas. Uma pessoa que passa num concurso público, que consegue um emprego que paga bem, que monta uma empresa que surpreende pelo crescimento rápido, que marca um golaço num clássico, que casa com uma pessoa maravilhosa, corre o risco de ouvir alguém dizer: “Que sorte a sua, hein?”

Não existe sorte para o sucesso! A “sorte” não garante o sucesso. Um exemplo claro é uma pessoa que ganha uma herança de milhões ou ganha na loteria. Até aí é sorte! No entanto, ela só obterá sucesso se este dinheiro vai render, permanecer, multiplicar, empreender algo que vale a pena. Se esta pessoa vai piorar como pessoa, se ela vai perder sua família, se será sovina, se não vai gerar propósitos bons na vida de alguém, se será fútil, vazia e sem rumo, o que era “sorte”, na verdade se transformará em vergonha.

Quantos ganharam heranças e perderam tudo? Quantos ganharam fortunas e perderam o amor dos filhos? Quantos venceram profissionalmente, mas decidiram pôr tudo a perder nos vícios? Quanto tiveram montaram negócios rentáveis, mas na arrogância, “meteram os pés pelas mãos?”.

Todos têm “sorte” em algum momento. “Sorte” pode ser traduzido como oportunidade. Mas se a pessoa não estava se preparando para esta oportunidade, o que era “sorte” vai virar “azar”.
As oportunidades chegam e não se pode estar parado. Temos que, com otimismo e fé, nos preparar o tempo inteiro para a “sorte”, ou seja, a oportunidade que vai chegar. Só assim “sorte” vai virar sucesso.

Aqueles que avaliam o sucesso dos outros como sorte não aferem com precisão o que estas pessoas estavam fazendo quando a oportunidade chegou e o que fizeram depois que ela chegou. Desta foma, não percebem que estas pessoas lutaram, estudaram, pesquisaram, se informaram, trataram fraquezas, trabalharam sua auto-estima para que, no momento da oportunidade, batalhassem para transformá-la em conquista, vitória, sucesso.

O sucesso do outro foi sorte? Nunca mais diga isso!

Josué Valandro Jr. é o pastor presidente da Igreja Batista Atitude da Barra, no Rio. Mestre em Teologia pelo Southeastern Baptist Theological Seminary, na Carolina do Norte (USA), se graduou pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil e também em Informática pela PUC-RJ. Possui pós-graduação em gestão estratégica de recursos humanos pela UNILESTE-MG. Casado com Bianca, Valandro é pai do Lucas e do Gabriel. Acompanhe no Instagram, Facebook, Twitter e Youtube.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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