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Casar é bom demais!

Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro

Josué Valandro Jr. - 06/10/2017 13h33

Casar é bom demais! / Foto: Pixabay

Algumas estatísticas e mensagens sociais podem dizer até o contrário, mas casar definitivamente é bom. Até quem descasa depois quer casar ou juntar, ou amigar, ou tico-tico no fubá. Se casar fosse ruim por que tentariam novamente?

O próprio Deus afirmou: “Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2:18). O problema então não está em casar, mas sim em como se escolhe com quem se casar e na postura que se tem após se ter casado.

Lemos em Eclesiastes 4:9-12 o seguinte:

Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.

A própria Bíblia está dizendo que “melhor é serem dois”. Sendo assim, por que casar é bom?

1) Casar é bom porque perdemos o individualismo

Duas pessoas produzem mais. Quando existe alguém com quem a gente pode dividir tarefas, as coisas tornam-se mais fáceis, o trabalho menos árduo. A partir do casamento pode-se ter sonhos, objetivos em dupla. Mesmo que um dos dois tenha mais facilidade financeira para atender à família, o outro ajuda a gastar, a escolher como gastar e a manter o que se conseguiu. São parceiros.

Se alguém acha que não precisa de ninguém para objetivo algum, então não case. Casamento é para quem admite que sozinho seria pior. Perde-se o individualismo, o egocentrismo, mas não a individualidade. Continua com características próprias, mas que são completadas, ou lapidadas pelo outro.

O motivo porque muitos casamentos não prosperam é porque as pessoas não querem abrir mão do individualismo. Suas prioridades de solteiro são as mesmas após casados. Querem as alegrias do casamento, mas não querem as concessões de tempo, atenção, afeto, paciência com o outro. Não dá para ser egoísta. É preciso pensar em construir com o outro. Sem abrir mão do individualismo, não prospera o casamento.

2) Casar é bom porque sempre existirá alguém relevante para nos incentivar

Casamento é uma parceria. Ver o outro caído não pode trazer alegria. Ao contrário, traz responsabilidade de agir para erguer o cônjuge. Uma das coisas que determinam um bom casamento é a capacidade de elogiar, incentivar, jogar o outro para cima.

Imagine um chefe de família que fica desempregado e tem que ouvir: “Você não serve pra nada mesmo, hein?”. Esse homem pode até mesmo ter uma depressão e vontade de morrer. E aquele homem que a mulher leva 3 horas fazendo o cabelo e ajeitando a roupa para ir a um casamento, e chega bem pertinho do marido toda produzida e fala suavemente: “Notou alguma diferença?”. E ele responde: “Que estamos atrasados!”. Imagine a reação de tristeza dela!

O marido precisa de incentivo, de força: “Você é o melhor. Vai dar certo. Confio em você!”. Aí, o homem sai enfrentando um leão por dia e tende a valorizar essa mulher. Já a mulher precisa se sentir linda, inteligente, relevante, e ela vai querer melhorar a cada dia para esse homem que a incentiva.

Não faltam nesta vida pessoas para nos jogar para baixo. Se em casa só há crítica, a gente desiste. A crítica deve existir, mas com amor, com ternura e na hora certa. Não é na hora da refeição ou da intimidade do casal. Quando se está só, em meio às dificuldades, os problemas se tornam como gigantes. Mas se há alguém do lado, a pressão é aliviada, o peso é dividido e as soluções são encontradas. O apóstolo Paulo orienta que “o marido deve amar a esposa como Cristo amou a igreja”. E essa “esposa deve ser submissa e ajudadora”. Que esposa não quer ser submissa a um marido que é capaz de dar a vida por ela? Foi esse o ato de amor de Jesus pela igreja.

3) Casar é bom porque podemos ter uma vida sexual abençoada

O verso 11 mostra que eles podem se aquentar! O dia a dia traz frieza e desgosto. Mas o calor do relacionamento dos dois, o calor do romance derrete a frieza imposta pela vida. Não é uma relação sem compromisso, irresponsável, pautada somente no desejo carnal. É uma expressão sexual embebida de compromisso, de respeito, de amor.

Não se tem uma relação sexual abençoada fora do casamento. Nunca será a mesma coisa a vida sexual de pessoas que não se casam e de pessoas que firmam uma aliança de amor eterno. A vida sexual de gente assim se fortalece a cada dia. Não cairá na rotina. Não será desprezível nunca.

Muita gente nunca será feliz enquanto não curar seu instinto sexual adulterado pela iniquidade do mundo. E muitos falam que o desejo sexual cessou. Se não há nenhum problema externo mais grave (doença, trauma etc.), talvez esta relação seja pautada só em sexo! Sexo não segura casamento, mas se há compromisso, responsabilidade em fazer o outro feliz, o sexo será um complemento que incendiará a relação, e juntos irão vencer a frieza da vida.

4) Casar é bom porque independentemente do inimigo que se apresente, teremos alguém para lutar ao nosso lado

São tantos inimigos hoje: desemprego, doenças, problemas financeiros; enfim, situações que trazem ansiedade e medo. Em um verdadeiro casamento cristão, esses inimigos não terão sucesso porque um ajudará ao outro na sua luta… e o inimigo vai ter que “se ver” sempre com o casal. O cordão de três dobras não se quebra facilmente (verso 12).

Mas espere aí: O cordão fala de três dobras. Inclui uma adição ao par. Um elemento é introduzido na vida a dois, formando um trio… três dobras! Alguém poderia interpretar que são os filhos esse terceiro elemento, mas o texto indica claramente que essa terceira dobra é a pessoa de Jesus Cristo. Ele quer ser a terceira dobra, o fator de união, o catalisador que abençoa o casal. Um casal pode fazer muitas coisas juntos como se incentivarem, ter boa relação conjugal, serem parceiros, prosperarem juntos, entre outras coisas. Contudo, quando se tem o terceiro elemento, Jesus, essas coisas ganham novo significado. Quando Cristo está na relação de um casal as bênçãos transbordam, extravasam o ambiente do casal para abençoar outros ao redor, ajudando-os a também encontrar o doador de todas as bênçãos: Jesus. O provérbio popular acaba mudando: “Um é pouco; dois é bom; três é demais!”. É demais de bom, é bom demais! É assim com Jesus!

Casar é bom demais! Desde que atentemos para certos cuidados: Deixemos o individualismo, invistamos em incentivar o outro, aqueçamos o outro com carinho e afeto e lutemos juntos, sem esquecer de colocar Jesus dentro de nosso casamento na paz ou nas lutas! Amém!


Josué Valandro É o pastor presidente da Igreja Batista Atitude da Barra da Tijuca, no Rio. Se graduou em teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil e informática pela PUC-RJ. Pós-Graduado em gestão estratégica de recursos humanos pela UNILESTE-MG, e mestrando em teologia pelo Southeastern Baptist Theological Seminary, na Carolina do Norte (USA). Casado com Bianca, Valandro é pai do Lucas e do Gabriel.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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