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Como vai o balanço da empresa chamada “Você”?

O fluxo de caixa é determinante para quem deseja crescer com planejamento

Jonatas Nascimento - 17/12/2018 15h45


Dezembro é o mês em que as empresas ficam às voltas com o fechamento do seu balanço patrimonial. Afinal, é hora de aferir resultados positivos ou negativos para a tomada de decisões para os períodos seguintes.

Embora não sejam regidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, pelas Normas Brasileiras de Contabilidade ou tampouco por princípios da contabilidade, a verdade é que devemos observar critérios análogos aos da contabilidade mercantil, também em nossas finanças pessoais, pois certamente lá na frente haveremos de aferir resultados que, igualmente, podem apresentar lucro ou prejuízo. Assim, podemos concluir que muito mais que nome de revista, existe uma empresa chamada “Você”.

Como no mundo mercantil, a pessoa física que reiteradamente gasta mais do que ganha, mais dia, menos dia, acabará indo à bancarrota (ou falência) e o seu nome figurará na lista de devedores do SPC ou do Serasa. Diferentemente, a pessoa física disciplinada e educada financeiramente corre o risco de ficar rica e integrar o rol dos milionários da revista Forbes.

Tempos atrás tomei conhecimento de uma estatística que mostrava que, de cada dez brasileiros usuários de cartão de crédito, seis estavam endividados. Esse chamado “dinheiro plástico” pode ser muito útil na mão de quem sabe usá-lo, mas na mão de quem não tem controle financeiro, pode ser o prenúncio de uma verdadeira ruína. Abrindo um parêntese, eu penso que gestores empresariais deveriam seguir a regra áurea aplicada a pessoas físicas antes de comprar qualquer coisa, a qual consiste numa pergunta que faz toda a diferença: “Eu tenho desejo ou necessidade de comprar isto ou aquilo?”.

Ouso sugerir uma ferramenta chamada “fluxo de caixa” no mundo empresarial para controle da movimentação financeira (as entradas e saídas de recursos financeiros) da pessoa física em determinado período. Essa ferramenta funciona como aliada do gestor, pois mede, com exatidão, tanto o volume de entradas como o volume de saídas.

Tive um irmão que faleceu sem saber o que significava fluxo de caixa, mas foi exatamente este o recurso que ele utilizou para ver seu pequeno comércio varejista prosperar. Por muitos anos ele trabalhou em uma grande empresa, mas um dia resolveu, juntamente com sua mulher, montar o seu próprio negócio. Depois de algum tempo, vendo que as coisas estavam indo bem, perguntei-lhe qual era o segredo do sucesso. Disse-me ele que o primeiro ano foi mais difícil, mas que, a partir do segundo ano, passou a adotar como parâmetro as receitas e despesas do exercício imediatamente anterior sem, contudo, deixar de estabelecer novas metas. Porém, ele só assumia compromissos no limite daquilo que sabia que poderia honrar.

Como se pode ver, o fluxo de caixa é determinante para quem deseja crescer com planejamento. Quanto ao formato, como no tempo do meu irmão não havia tantos recursos como nos dias atuais, o fluxo de caixa dele foi caprichosamente elaborado a partir do velho e bom caderno de anotações, mas que ainda hoje funciona com a mesma eficiência.

NOTA
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Jonatas Nascimento é empresário do ramo contábil na região metropolitana do Rio de Janeiro, graduado em Letras e Direito. Especialista em contabilidade eclesiástica, é autor do livro Cartilha da Igreja Legal.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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