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Pública ou Privada? A polêmica da vacina!

A matemática é exata. Quanto mais pessoas forem vacinadas ao mesmo tempo, melhor!

Fábio Guimarães - 06/01/2021 11h20

Covid-19: Governo simplifica entrada de vacinas no Brasil Foto: Reprodução/Agência Câmara

O ano de 2021 começou com forte expectativa mundial pela vacinação frente à epidemia da Covid-19.

Todos os governos estão se movimentando na busca de alternativas de vacinação das suas populações. No Brasil, ficou definido que, tão logo tenhamos uma vacina aprovada pelo Órgão Regulador brasileiro (Agência de Vigilância Sanitária – ANVISA), a vacina será disponibilizada de forma gratuita e não obrigatória.

Nosso Plano Nacional de Imunização contempla quatro fases de vacinação, trazendo as prioridades, de acordo com estudo multidisciplinar. Essas prioridades passam por profissionais da área de saúde, idosos, profissionais de segurança pública, da educação e demais grupos de riscos.

É importante salientar que determinados grupos sociais (como crianças, adolescentes e grávidas) não participaram dos estudos clínicos para avaliação da eficácia e do risco das vacinas; logo, esses grupos não serão vacinados.

No Brasil outra polêmica se avizinha

A Associação Brasileira de Clínicas de Vacina (ABCVAC) declarou recentemente que pretende fazer a compra de 5 milhões de doses da vacina Indiana Covaxin.

A ABCVAC, congrega 200 associadas e representa 70% das empresas do setor de vacinação no Brasil.

Críticos alegam que o fato de empresas privadas oferecerem vacinação no Brasil implicaria “os ricos tendo privilégios e furando a fila [na frente] dos pobres”.

Defensores alegam que “quem tiver condições de se vacinar por conta própria na verdade irá sair da fila do Sistema Único de Saúde e agilizar o atendimento de quem necessita do serviço de forma gratuita”.

Nossa opinião é claramente favorável à possibilidade de termos vacinação de forma pública e privada, pois além de de fato diminuir a fila de vacinação na rede pública, mais pessoas serão vacinadas ao mesmo tempo; logo, naturalmente, a tão sonhada “imunização natural ou de rebanho” chegará de forma mais rápida a nós.

Todos os países desenvolvidos do mundo irão tratar o tema desta forma. Achar que só o governo pode tratar deste assunto e deixar de lado o setor de saúde privado é um erro.

É um pensamento pequeno e simplista imaginar que os esforços de vacinação nos setores públicos e privados dentro de um mesmo país sejam ações excludentes. Muito pelo contrário! É claramente uma ação complementar, uma importante ação complementar!

Ao longo de 2021, teremos inúmeras vacinas aprovadas nos órgãos de regulação dos países, e a capacidade de produção de vacinas não deve ser um problema. Talvez o maior desafio dos governos será tratar da regulação da vacinação, de forma pública e privada, além da logística de distribuição, armazenamento, produção de EPIs e demais insumos médicos.

Mais importante do que alimentar está inútil polêmica é ficarmos atentos e cobrarmos dos governos, em todas as esferas, que se preparem para, de forma eficiente e eficaz, cumprir com agilidade o Plano Nacional de Imunização.

Vamos em frente!

Fábio Guimarães é economista, formado pela UFRRJ com MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC-RJ. Palestrante, consultor e debatedor, atua há mais de 15 anos como gestor nos poderes Executivo e Legislativo, com ênfase nas áreas de trabalho, renda e desenvolvimento econômico.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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