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Opinião Fábio Guimarães: O aumento das tarifas dos Correios virou guerra judicial!

Muitas empresas já estão recorrendo à justiça contra o aumento no preço dos serviços em todo o Brasil. Milhares de empreendedores estão sendo prejudicados

Fábio Guimarães - 12/03/2018 10h15

Prezados leitores do Pleno.News, já conversamos aqui, na semana passada, sobre a decisão da empresa de Correios em aumentar o preço de seus serviços. Falamos sobre essa decisão unilateral, abusiva e desproporcional que resolveu aumentar o preço de seus serviços em todo o país e no caso do estado do Rio de Janeiro ainda decidiu cobrar uma taxa extra de R$3 por entrega, segundo a empresa, para cobrir custos oriundo dos roubos e furtos no estado.

Na última sexta feira (9), o juiz federal Firly Nascimento Silva decidiu suspender a cobrança dessa taxa extra, acatando um pedido de suspensão do Procon-RJ. Segundo a entidade o ato é “abusivo, discriminatório e afronta o Código de Defesa do Consumidor”, entendimento este que compreendemos como correto.

Vale salientar que muitas empresas já estão recorrendo à Justiça contra o aumento no preço dos serviços em todo o Brasil. Milhares de empreendedores que trabalham pela Internet estão sendo prejudicados com essa decisão. O site Mercado Livre, líder de vendas online, já conseguiu decisão favorável na Justiça.

Por fim, reforçamos que os serviços prestados pelos Correios são regidos por MONOPÓLIO estatal, ou seja, sem concorrência, e ainda assim seu resultado financeiro é deficitário. Isto é, ano após ano, nós pagamos, com nossos impostos, esta conta.

Os Correios precisam de gestão eficiente, visão de futuro, planejamento estratégico, entendimento de seu papel no século 21 com as mudanças impostas pela tecnologia, dentre outros fatores e, claro, transparência.

Fábio Guimarães é economista, formado pela UFRRJ com MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC-RJ. Palestrante, consultor e debatedor, atuou por mais de 10 anos como gestor nas áreas de trabalho e renda e desenvolvimento econômico.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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