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Opinião Ellen Sarmento: Tortura emocional

É usar o poder, dentro de uma relação, para em vez de demonstrar afeto fazer ameaças veladas

Ellen Sarmento - 09/03/2018 09h15

Queridos leitores do Pleno.News, trago neste post de hoje um assunto que é de grande importância nas nossas relações. E, muitas vezes, vivenciamos essa situação, mas só nos apercebemos quando os danos começam a afetar nossa saúde psíquica, mental e corporal. Falo da “tortura emocional”.

E o que vem a ser a “tortura emocional”? É o uso de poder, dentro de uma relação, onde a perda do afeto e do pertencer são demonstrados através de ameaças implícitas e de castigos. É como se, aparentemente, a pessoa estivesse tratando a outra de forma afetuosa, mas a conduta que está escondida, subentendida, é de uma pessoa que quer infligir maus-tratos.

Podemos dar como exemplo dessa situação, um comportamento clássico de quando um homem começa a impor a sua companheira qual a roupa que deve trajar, depois de ter agido de forma violenta, para que ninguém veja as marcas no corpo dela. A primeira vista essa é uma forma de cuidado que o agressor quer demonstrar para com a vítima; mas, na verdade, essa é uma medida para que ele não seja responsabilizado e a vítima seja punida emocionalmente, não tendo o direito de protestar nem se defender.

Na contramão da “tortura emocional” há o processo de “coerência afetiva”. Esta se dá quando ocorre uma comunicação clara e coesa, que se adequam às diversas situações vivenciadas pela família e pelo casal. É a busca pela coerência entre o que se verbaliza e o que se é demonstrado em ações práticas.

É preciso a identificação desses sentimentos que geram incoerências, assumi-los e retomar a busca da coerência na convivência relacional, se possível.

Desejo que essas informações aqui compartilhadas, possam gerar saúde emocional e venham ser multiplicadas na vida de muitos.

Ellen Sarmento é psicóloga clínica e palestrante, com formação em terapia sistêmica familiar pela Núcleo Pesquisas. Especializada em atendimento familiar e de casal. Capacitada pelo Ackerman Institute, em Nova York, e pelo Instituto Bowen, em Washington.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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