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Opinião Ellen Sarmento: Acordos familiares

É de extrema importância separarmos o afeto do dinheiro. Isso é fundamental para que essas duas moedas de circulação, dentro da família, não se confundam e não gerem atrito

Ellen Sarmento - 02/03/2018 08h00

Queridos leitores do Pleno.News, desejo falar hoje com vocês, sobre os acordos familiares. Vamos pensar um pouco sobre como eles ocorrem. Este é mais um tema de grande debate, ao longo do ciclo de vida das famílias.

Inicialmente, é de extrema importância separarmos o afeto do dinheiro. Isso é fundamental para que essas duas moedas de circulação, dentro da família, não se confundam e não gerem atrito. O fato de gerenciar bens financeiros e materiais, inventários, partilhas e outras situações por meio de acordos claros e bem esclarecidos é imprescindível nas relações familiares.

Em contraponto, a esse aspecto de equilíbrio e sobriedade que devemos desenvolver em relação a essas duas moedas que são o afeto e o dinheiro, há a existência da crise financeira na família. Na qual, o afeto e o dinheiro se confundem e se fundem nas relações familiares. Assim, as relações de poder de opressão sobre os membros da família e o estímulo de dependência geram uma dívida eterna com essa família e uma família eterna.

O ponto mais importante é buscar uma atitude coerente entre os aspectos legais e os relacionais no ciclo vital familiar. E fazer saber que o dinheiro jamais substituirá o afeto e vice-versa.

Meu desejo é que possamos buscar uma qualidade de vida emocional, familiar e psíquica saudáveis. O respeito a cada um deve ser exercido, e o mais importante, a transparência e a veracidade devem existir em todos os ciclos de vida familiar. Pois todo relacionamento familiar que foi construído ao longo de um tempo, pode se manter saudável e equilibrado.

Ellen Sarmento é psicóloga clínica e palestrante, com formação em terapia sistêmica familiar pela Núcleo Pesquisas. Especializada em atendimento familiar e de casal. Capacitada pelo Ackerman Institute, em Nova York, e pelo Instituto Bowen, em Washington.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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