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Nossa sociedade homicida

Precisamos voltar ao afeto, à educação mais rígida no lar, a limites e valores muito bem colocados pela família

Elaine Cruz - 08/08/2019 19h06

Na minha juventude, por volta dos dezenove anos, quando eu ainda era solteira, eu me mudei com meus pais e irmãos para os Estados Unidos, acompanhando minha família, pois meu pai foi trabalhar naquele país, onde me tornei residente legal e onde fiz minha formação universitária. Como era noiva do meu marido, voltei para me casar e residir no Brasil – e hoje continuo com minha parentela nos EUA, incluindo meus filhos, já casados. Assim sendo, tenho uma relação de afeto e de admiração pelos Estados Unidos.

Infelizmente, contudo, me assombra a repetição do comportamento homicida, em que atiradores decidem matar pessoas, usando armas, facões e até machados, muitas vezes, executando um ato suicida ao final do seu atentado. Sempre nos surpreendemos com notícias em que um indivíduo, entra atirando em cinemas, igrejas, clubes, escolas e mercados, matando e ferindo pessoas inocentes em suas tarefas cotidianas.

O estudo destes atiradores sempre mostram pessoas doentes emocionalmente, com dificuldade de se relacionar socialmente, e sempre tendenciosas a acompanhar grupos relacionados com terrorismo ou a grupos que incentivam a segregação ou atitudes violentas e suicidas. Muitos se envolvem pelas redes sociais, deixando cartas e relatos na internet do planejamento das suas ações.
É certo que muitos dos canais de comunicação têm servido de veículo para incentivar a segregação e a violência – séries, jogos e filmes tratam assassinatos de forma muito banal, onde quem mais atira e mata outras pessoas, mais ganha pontos em jogos, reduzindo a nada o valor da vida humana. Estamos vivendo dias onde cresce a falta de afeto, onde a importância das relações virtuais superam as reais, em que as pessoas vivem isoladas, respirando ódio e reforçando atitudes egoístas, em que a vida alheia ou o direito do outro são menosprezados.

Precisamos voltar ao afeto, à educação mais rígida no lar, a limites e valores muito bem colocados pela família. Pais precisam conhecer os amigos dos seus filhos, seus pontos de interesse e sites frequentados na internet. A frouxidão na educação está trazendo resultados catastróficos. A falta de afeto gera pessoas carentes, vazias e egoístas, facilmente influenciadas por grupos extremistas e violentos, que dissimulam a ideia de que a morte pode ser uma saída para problemas.

A falta de Deus e dos princípios bíblicos em nossa sociedade faz com que esta adoeça. Infelizmente, estamos colhendo os frutos do afastamento de Deus – suicídios, atos terroristas, violência e desigualdades crescem em todos os países. E, se nossa sociedade não acertar logo os passos em direção a Deus, as tragédias vão chegar cada vez mais perto da nossa vizinhança. Portanto, seja um defensor da vida e dos valores evangélicos, mas comece trazendo Deus para a sua casa, sua igreja e seu bairro, educando, amando e investindo em pessoas. Estas são as primeiras atitudes para transformar nossa sociedade homicida.

Elaine Cruz é pastora no Ministério Fronteira, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro; Psicóloga clínica e escolar, especializada em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade; Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense; palestrante e conferencista internacional, com trabalhos publicados no Brasil e no exterior; Mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA); e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, com oito livros publicados.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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