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Lidando com o estresse

O estresse não escolhe vítimas. Ele ataca a todos. Assim sendo, precisamos aprender a evitá-lo

Elaine Cruz - 30/11/2017 11h30

Desde o nascimento lidamos com o estresse. Dependendo do clima e do envolvimento emocional dos pais, a gestação pode ser um período de estresse permanente, no qual são muitas as perguntas frequentes: As famílias receberam bem a notícia da gravidez? A criança será perfeita? Como será o parto? Os preparativos estão em dia? Além disso, a criança gerada percebe e é afetada pelo ambiente físico e emocional externo, alem de partilhar das ansiedades da mãe.

O parto é uma evento estressante e traumático tanto para a mãe quanto para o bebê. Este sai da proteção uterina, e passa a ter que buscar o ar usando seus pulmões, dependente do outro para satisfazer suas necessidades vitais. Os pais agora podem ver seus filhos, que logo choram pelo seio, por estarem sujos, por causa da cólica ou pela satisfação do colo. Enquanto os pais tentam conciliar casamento, sexo, mamadeiras, creches, vida profissional e pessoal, as crianças crescem, e precisam encarar desafios do meio, se adaptar à rotina da casa, e enfrentar os pares: isto significa ter apelidos, sofrer bullying, chorar, se decepcionar com os “melhores amigos”.

A vida adulta traz a independência emocional e financeira, buscada com muito trabalho e afinco, mas que nos cobra disciplina e habilidades emocionais e intelectuais. Concomitantemente, ainda vivenciamos nossos dramas pessoais, superamos nossos limites e somos afetados pelas graças e desgraças de quem amamos. Isto sem mencionar crises financeiras, políticas, e a progressão da violência.

Portanto, o estresse não escolhe vítimas. Ele ataca a todos nós. Assim sendo, precisamos aprender a evitar seus extremos e a repensar o modo como reagimos a ele. Uma forma de amenizar sua ferocidade é não antecipar problemas, organizando agendas e compromissos (profissionais, financeiros), mas esperando as demandas diárias. A preocupação (se ocupar antecipadamente) não nos fará resolver hoje as questões futuras, e muitas vezes só nos tornará mais tensos para o momento decisivo. Jesus já nos advertiu sobre isso: Não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal (Mateus 6.34).

Outra atitude inteligente é não dedicar tempo para saber de todas as tragédias anunciadas. É certo que precisamos ser bem informados, mas devemos fugir de noticias sensacionalistas e de detalhes sórdidos, e aprendermos a ler bons livros e a procurar boas notícias, especialmente antes de dormir. Se nos ocuparmos de tragédias, nossos sonhos, que são reflexos do que fazemos, vemos e ouvimos, serão trágicos, nosso sono será prejudicado, e nossos rotina será estafante e estressante.

Cerque-se de afeto, de pessoas amigas, de boas conversas. Aprenda a observar o melhor na vida e nas pessoas, e, se possível for, afaste-se de pessoas vingativas, pessimistas e violentas. Tire minutos do seu dia para tomar um café ou chocolate com calma, para mandar mensagens de amizade e afeto para quem você ama e ama você. Quando estiver em casa, com pessoas reais, afaste-se do celular e deixe de navegar em realidades virtuais. E, por favor, não leve trabalho para casa.

Quando seu nível de estresse aumentar, a ansiedade bater, ore. Coloque suas inquietações para Deus, converse com ele, abra seu coração e fale de seus medos e anseios. Dance, cante, sorria um pouco mais, durma mais cedo, aproveite o sol e os finais de semana, tire férias regulares e abrace sua família.
O estresse vai ficar espreitando pela porta, mas sempre cabe a você não deixar que ele entre.

 

Elaine Cruz é pastora no Ministério Fronteira, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro; Psicóloga clínica e escolar, especializada em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade; Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense; palestrante e conferencista internacional, com trabalhos publicados no Brasil e no exterior; Mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA); e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, com oito livros publicados.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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