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Vivendo e sobrevivendo na crise

Nosso Deus tem contemplado os que estão vivendo e os que estão sobrevivendo

Edvaldo Oliveira - 26/07/2021 07h00

Vivendo e sobrevivendo na crise Foto: Freepik

“Não é no meu arco que eu confio, e não é a minha espada que me dá a vitória. Pois foste tu que nos livraste dos nossos inimigos e venceste aqueles que nos odeiam. Nós te louvaremos o dia todo; nós te somos gratos para sempre.” (Salmo 44:6-8)

Nesse período de pandemia, é natural que muitas pessoas estejam se sentindo esgotadas e aflitas ‒ física, mental e emocionalmente. Assim, a procura por consultas com terapeutas, psicólogos e psiquiatras aumentou de modo considerável nos últimos tempos, bem como a compra de antidepressivos, ansiolíticos e calmantes.

Logo no começo da pandemia, alguém disse que estamos todos no mesmo barco, porque a Covid-19 não respeita classe social, partido político, formação acadêmica, raça ou religião. Depois, vieram outros e retificaram a sentença, dizendo que não estamos todos no mesmo barco; estamos no mesmo mar, porque enquanto alguns estão passando pelas ondas da crise em iates luxuosos e confortáveis, outros estão atravessando o mar das dificuldades em cima de um barquinho a remo.

Enquanto algumas pessoas podem se dar ao luxo de cumprir o seu isolamento social em uma casa ampla e luxuosa; outras são obrigadas a viver em um sobrado de 3 cômodos, dividindo o espaço com cinco ou seis pessoas. Em outras palavras: enquanto uns estão vivendo na crise, outros estão sobrevivendo nela.

Então, o que quero enfatizar nessa mensagem é que o nosso Deus tem contemplado os que estão vivendo e também têm visto aqueles que estão apenas sobrevivendo.

O fato de alguém ter muitos recursos não o isenta de ser vítima dessa doença. Durante a crise, nós vimos pessoas que têm muito dinheiro e muitos recursos serem contaminadas pelo coronavírus e não conseguirem vaga em nenhuma UTI da sua cidade ‒ enquanto outras, que estavam ocupando uma vaga na UTI, perderam a vida por causa da doença. O dinheiro e a influência delas não adiantou. A casa de luxo, os carros, os bens, as aplicações financeiras, nada pode ajudá-las a manter a própria vida ou a vida de alguém que elas amavam. Assim, de certa forma, a crise nos colocou no mesmo nível ‒ grandes e pequenos, pobres e ricos.

A maior lição que vamos levar desse tempo de pandemia é que, mesmo com todo o aparato tecnológico que criamos, com todo conhecimento que adquirimos e com todos os recursos científicos que desenvolvemos ao longo da nossa existência, ainda somos pequenos e frágeis, totalmente vulneráveis. A vida é um sopro, e nós dependemos desse sopro. Logo, não podemos nos afastar de Deus. Não podemos nos esquecer Dele. Somos totalmente dependentes do nosso Criador.

Infelizmente tivemos que chegar a esse nível de tragédia para nos lembrarmos de que fomos feitos do pó e ao pó voltaremos. Então, para que tanta vaidade, soberba e desigualdade no mundo? Enquanto uns têm que se virar para alimentar sua família com uma renda básica, outros até passam fome, e ainda há outros acumulam tantos bens e tanta riqueza que, mesmo se vivessem dez vidas, não conseguiriam gastar tudo que acumularam.

Eu não sei exatamente o que o Senhor quer nos ensinar com essa pandemia, mas temos que estar com o coração aberto para sermos ministrados por Ele, pois perdemos a sensibilidade e passamos a ser controlados pela nossa ganância, pela fome de riqueza e de poder. E, infelizmente, muitos ainda têm a coragem de usar o evangelho como uma ferramenta para despertar essa cobiça e essa competitividade nas pessoas ‒ como se o propósito do evangelho não fosse a salvação em Cristo, e sim a prosperidade.

Jesus nunca disse para acumularmos tesouros aqui, nesta terra; ao contrário, Ele nos instruiu a juntar tesouros no céu, porque aqui a traça e a ferrugem os corroem. O que move o coração de Deus não são as nossas construções, os templos luxuosos que edificamos, os títulos que acumulamos. Se tudo que fizermos não resultar na transformação de vidas, nada disso terá sentido. O que importa para Deus são vidas, são pessoas transformadas pela Palavra Dele.

Eu quero que você fique com essa palavra. Talvez você esteja se sentindo esgotado, sem esperança e com medo de que você e sua família sejam atingidos de alguma forma ‒ seja pelo vírus, seja pelo desemprego. Quando não temos algo a que nos apegar, devemos voltar-nos para a Palavra de Deus. O salmista afirma que ele não confiava nos seus recursos. Ele sabia que não eram as armas humanas que lhe dariam a vitória. Mas ele reconhecia que Deus é quem poderia livrá-lo dos inimigos (Salmo 44:6-8).

Receba, pela fé, essa palavra, meu irmão, minha irmã. Não importa onde você esteja nessa crise ‒ se num grande barco, ou num barquinho a remo; se no luxo da sua residência, ou na simplicidade do seu barraco. O mais importante é que Deus está com você. Com Ele, podemos ser vitoriosos. Com Ele, podemos saltar muralhas. E, por causa dessa certeza, nós o louvaremos, mesmo em meio às crises.

Oração
Pai amado e querido, nós Te agradecemos pela Tua Palavra. Eu te peço, Senhor, que essa palavra frutifique no coração de todos aqueles que a receberem e traga fé e esperança à vida desse irmão e dessa irmã.

Pai, contempla aqueles que estão sofrendo na pele as consequências dessa crise. Visita os que estão nos leitos dos hospitais e sopra sobre eles o teu fôlego de vida.

Senhor, ajuda-nos também, pois estamos cercados de más notícias. Não sabemos o que fazer, mas voltamos os nossos olhos para Ti. Nossa confiança não está nos nossos próprios recursos, mas em Ti.

Em nome de Jesus, oramos. Amém!

 

Edvaldo Oliveira é coordenador e idealizador do Ministério Minuto com Deus. É formado em Teologia Ministerial pelo Seminário Cristo para as Nações e em Administração de Empresas. Mora em Belo Horizonte e congrega na Igreja Batista Videira.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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