Em tudo é preciso equilíbrio
Boas ações têm grandes efeitos, por menores que essas ações sejam
Edvaldo Oliveira - 28/07/2021 07h00
“Vós sois o sal da terra; mas se o sal perder suas qualidades, como restaurá-lo? Para nada mais presta, senão para ser jogado fora e pisado pelos homens.” (Mateus 5:13)
Ser sal da terra e luz do mundo significa ter uma vida que glorifica a Deus e que leva outras pessoas a seguir Jesus.
As boas obras podem ser muito pequenas, mas têm um efeito muito grande. Todo aquele que aceita Jesus é chamado a fazer a diferença na sua geração – primeiro em sua própria vida e, depois, na vida do próximo.
Essa frase sobre sermos sal e luz foi dita por Jesus em Seu mais famoso sermão, o Sermão da Montanha, quando uma multidão ouvia Suas palavras atentamente. Portanto, ela é direcionada a todo aquele que se arrepende de seus pecados e se torna um seguidor de Jesus.
Jesus explicou o que significa ser sal da terra e luz do mundo:
A função do sal é dar sabor à comida. Mas o sal que tem muitas impurezas perde essa qualidade e é jogado fora, porque é inútil (Mateus 5:13). Em contrapartida, se colocarmos sal em excesso em algum alimento, vamos salgá-lo tanto que, muitas vezes, não teremos mais como ingeri-lo, tendo de jogá-lo todo fora. Logo, o sal deve ser usado na medida certa, de forma que o alimento não fique sem sabor nem salgado demais, tornando-se impossível de ser consumido.
Hoje em dia, o sal é muito barato, mas, no tempo de Jesus, era valioso e essencial no preparo da comida. E mesmo não sendo barato, o sal era um artigo tão importante que todas as ofertas de comida dedicadas a Deus deveriam ser temperadas com sal (Levítico 2:13).
Nossa vida deve ser como o sal. Há coisas que fazemos para as pessoas e que, para nós mesmos, parecem insignificantes, mas que fazem uma diferença enorme na vida delas.
Boas ações têm grandes efeitos, por menores que essas ações sejam. Jesus nos chamou para fazermos a diferença no mundo por meio de boas obras. Sem o amor de Cristo, que é refletido por nossas ações, o mundo fica sem graça.
O apóstolo Tiago escreveu no capítulo 2, versículos 15 a 17, que, se alguém estiver passando necessidades, sem ter o que comer e o que vestir, e nós simplesmente dermos a essa pessoa palavras de ânimo e incentivo, isto de nada adiantaria, pois a fé sem obras é morta.
Depois de falar sobre o sal da terra, Jesus afirmou que somos luz do mundo, enfatizando que, quando alguém acende uma candeia, não esconde a luz; antes, coloca a candeia em algum lugar alto, de onde pode iluminar todo o recinto (Mateus 5:14-16). Tentar esconder a luz de Jesus é tão absurdo quanto tentar esconder uma cidade em cima de um monte!
Contextualizando para os dias de hoje, nenhuma casa tem luzes elétricas instaladas no chão ou embaixo da cama. A luz fica no teto, de onde ilumina o ambiente da melhor forma possível. Cada lâmpada é colocada estrategicamente de forma a iluminar a maior parte do ambiente.
Da mesma forma, nossa vida deve iluminar todos à nossa volta. E, assim como ocorre com o sal, a luz também deve ser equilibrada, pois uma luz fraca não consegue iluminar adequadamente um ambiente, e uma luz forte demais ofusca a visão das pessoas. Quem está acostumado a dirigir sabe que, à noite, quando um veículo vai cruzar com o outro, ambos devem abaixar a luz dos faróis, para não correrem o risco de terem sua visão ofuscada e provocarem um acidente.
Não podemos esconder o amor de Jesus que existe em nós. Não devemos apagar o Espírito Santo que há em nós. Precisamos deixar que essa luz brilhe em tudo que fizermos. A luz de Jesus em nós deve transbordar em muitos louvores a Deus!
Edvaldo Oliveira é coordenador e idealizador do Ministério Minuto com Deus. É formado em Teologia Ministerial pelo Seminário Cristo para as Nações e em Administração de Empresas. Mora em Belo Horizonte e congrega na Igreja Batista Videira. |