Leia também:
X Opinião Vinicius Cordeiro e Bruna Franco: Saiba mais sobre a ansiedade de separação em cães

Como lidar com as dívidas?

Leitor pergunta sobre a melhor maneira de pagar suas dívidas e como eliminar os vilões da vida financeira

Como Lidar - 26/04/2018 10h41

“Estou desempregado, atualmente, e com dívidas. Tenho sobrevivido com trabalhos freelancers. Assim, encontro muitas dificuldades em saldar minhas dívidas. Confesso que algumas, considero praticamente impagáveis. Preciso de ajuda. Eu gostaria de saber qual é o primeiro passo que devo tomar para me recuperar financeiramente, já que estou desempregado. Como devo fazer pra negociar minhas contas? Quais são os vilões da minha vida financeira que eu devo eliminar? Como lidar?”.

João Silva, 47 anos, Passo Fundo, Rio Grande do Sul

Resposta:
Quando se tem uma dívida que está muito acima da nossa capacidade de pagamento, a primeira coisa que devemos fazer é uma reflexão para entendermos como chegamos a esse ponto e quais ações podemos tomar para não nos aprofundarmos ainda mais em dívidas.

O segundo passo fundamental é buscar os credores, ser transparente, colocar de forma sincera suas receitas e disponibilidades de pagamento e tentar renegociar a dívida alongando prazos e diminuindo juros. Ou seja, fazer uma nova composição que permita honrar o pagamento. Muitos credores estão dispostos a abrir essa renegociação; ainda mais em tempos de crise, como este em que estamos vivemos.

Como você está desempregado, neste caso o ideal é que aguarde ter rendimentos para então renegociar a dívida. Lembre-se de que no momento que você renegocia uma dívida, automaticamente você faz a confissão da mesma, logo renegociar e não pagar é uma péssima opção.

Mas caso você acredite que possa pagar; mesmo não tendo renda fixa, já que você trabalha como freelancer atualmente; o ideal é que você não comprometa mais de 30% dos seus rendimentos. Vários estudos indicam que um comprometimento superior a esse teto tem como consequência novas inadimplências e com isso as dívidas totais só aumentam. Vale lembrar que nos contratos de renegociação está contido cláusulas importantes. destaco aqui as cláusulas de confissão de dívida, pois descumprir o contrato sempre é um mal negócio, ou seja, só renegocie um contrato nas condições que realmente você consiga honrar.

Se você chegar à conclusão de que não irá conseguir honrar a negociação procure imediatamente o credor, antes de deixar os pagamentos em aberto e tente uma nova renegociação. Mas só faça isso se realmente perceber que irá conseguir pagar. Trabalhar sem renda fixa pode prejudicar também na hora de fechar um acordo.

Em relação aos vilões que você citou, eles são os gastos com taxas de juros exorbitantes, o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial. NUNCA pague seu cartão de crédito de forma parcial e NÃO use o cheque especial, assim evitará dívidas crescendo como bola de neve.

Boa sorte!

Fábio Guimarães é economista, formado pela UFRRJ com MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC-RJ. Palestrante, consultor e debatedor, atuou por mais de 10 anos como gestor nas áreas de trabalho e renda e desenvolvimento econômico.

COMO LIDAR tem o propósito de servir como ferramenta de esclarecimento e apoio aos leitores apresentando perguntas e respostas, sobre variados temas.

Se você tem alguma questão ou dúvida que precise da explicação de um profissional, envie para redacao@plenonews.com.br

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
Siga-nos nas nossas redes!
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.