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Fim da bagunça! Foque na organização

A organização é a base para uma casa ou local de trabalho saudável

Bia Sartori - 02/10/2020 15h35

Percebi que as últimas matérias estão carregadas de reflexões, fruto de internalizações que a pandemia da Covid-19 causou em mim. Tudo bem que a coluna se chama Decoração & Expressão! Mas, até eu cansei de tanta expressão! Chega! Vamos colocar os pés no chão e mão na massa?

Decidi que os próximos textos terão um direcionamento voltado para a organização, que é a base para uma casa ou local de trabalho saudável e coerente esteticamente. E para me ajudar a pousar, convidei minha amiga de jornada, Magda Veiga, que é personal organizer, como eu! E tem uma doçura especial que deixa a metodologia da organização acolhedora. Deus a fez metódica amorosa!

Vamos começar pela bagunça! Quem não teve uma época bagunçada na vida, levanta a mão! Até as pessoas naturalmente ordeiras, sempre tem um dia que precisam encarar um canto que está bagunçado. Isso é natural, e está tudo bem! Mas, existem pessoas que vivem bagunceiramente, dentro e na bagunça!

Existem estudos e pesquisas que apontam que quase metade da sobrecarga do trabalho doméstico (e porque não dizer das sobrecargas da vida?) pode ser reduzido com a organização. Ou seja, se você está sobrecarregado, verifique se não tem tralha demais. A bagunça é o resultado de desorganização, e não falta de espaço ou tempo.

E lembrando que refletimos em nosso ambiente o que carregamos em nós, da mesma forma que o ambiente influencia nossa vida (saúde, comportamento e pensamento) o inverso também ocorre. Pode ser um círculo vicioso ou virtuoso. Temos uma incrível escolha: seguimos em uma espiral descendente, rumo ao buraco, à toca dos perdidos.

Ou vamos na espiral ascendente, rumo a leveza e a alçar voos cada vez mais altos?

Aqui, trago as palavras da Magda Veiga, definindo o que é bagunça: “São tralhas que vamos acumulando, coisas que não amamos, coisas quebradas ou inacabadas. É uma dobradinha: no ambiente são coisas espalhadas, desorganizadas, sem uso, e no nosso interior aquelas coisas que deixamos para amanhã, damos desculpas, não solucionamos e vão ocupando a cabeça e o coração”.

Não adianta organizar a bagunça do ambiente, se não organizamos nosso interior. Logo, tudo volta a ficar bagunçado novamente. É necessária decisão, perseverança e acima de tudo coragem para mudar, encarar certos cantos assustadores, daqueles que a gente não sabe nem por onde começar. Organização é para os fortes!

Magda complementa: “É necessária disposição mental, atitude positiva, abrir um espaço para perceber a realidade. Viver no meio da bagunça nos deixa mais cansados, gerando procrastinação, vai nos deprimindo e já há estudos que propiciam o acumulo de gordura em nosso corpo, deixando a gente mais pesado, literalmente! Com isso, cada vez que precisamos de algo, dá tanto trabalho para encontrar, que acabamos adiando algumas coisas, até nossos projetos pessoais. Prejudica nosso raciocínio, traz vergonha e culpa, gerando uma confusão mental, afetando nossa autoimagem,
podendo até adoecer nosso corpo”.

Dica mão na massa: identifique o que está bagunçado. Faça uma caça às tralhas! Identifique tudo que está quebrado, como disse na última coluna, fazendo uma lista. Depois disso, tire um tempo, com bastante coragem para decidir o que fazer com essa lista: conserta ou se desfaz? Esse processo nos ajuda a ter a percepção correta do tamanho do esforço, seja de tempo, financeiro ou emocional!

Uma dica valiosa que a Magda Veiga nos dá é: “Perceber a funcionalidade nos itens que compõem nosso ambiente, nos convida a mudar de atitude, seja em relação ao nosso consumo, seja em relação aos nossos relacionamentos. Às vezes, somos forçados a fazer isso, quando acontece o luto e precisamos nos desfazer de coisas da pessoa que nos é querida, mas não necessita mais de tudo aquilo. Ou com a chegada de um filho, quanta transformação exige dos pais!?! Até quem resolve adotar um pet, precisa fazer muitas adaptações”.

“Quando algo ou alguém sai, ou é acrescentado à nossa vida, precisamos investir tempo para reorganizar os espaços físicos e emocionais”. Fica aí o convite para retirarmos as tralhas, diminuindo a bagunça, e dar o espaço devido para o que é necessário. Afinal de contas, dizem que usamos somente uma pequena parte do que possuímos. Vale investir tanto tempo, energia e dinheiro com coisas que não usamos e acabam atrapalhando?

Bia Sartori , designer de interiores formada pelo SENAC e pós-graduada pelo IPOG; personal organizer formada pela OZ!, pedagoga com especialização em Orientação Educacional pela PUCC.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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