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Por que socialismo pacífico precede a desgraça comunista?

Arolde de Oliveira - 13/08/2020 12h03

Fidel Castro e Lula

A partir de 1990, foi criado por Lula e Fidel Castro o FÓRUM DE SÃO PAULO – FSP. A instituição internacional reúne além de governos e partidos de esquerda, organizações criminosas ligadas à indústria do narcotráfico e do contrabando e organizações de guerrilhas. A ala marxista do Partido dos Trabalhadores (PT) abandonou, então, a luta armada como instrumento para conquistar o poder, e adotou o pensamento de Antonio Gramsci. Ele orienta a tomada do poder pela “via pacífica”, para, então, desconstruir os valores e convicções preexistentes na sociedade alvo. Inclusive, usando a violência se for necessária para concluir a implantação do Estado Socialista/Comunista de inspiração Marxista.

A Delegacia da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG, de Mato Grosso do Sul (MS), em estudo sistematizado, alinha os principais pontos estratégicos da esquerda brasileira no estudo que chama “Gramsci no Brasil”, como segue: Identificar ideias, atitudes, comportamentos e ações que estão em harmonia com o marxismo-gramscismo para, através da “via pacífica”, transformar o Brasil em uma República Socialista.

Antonio Gramsci (1891-1937): Intelectual italiano e um dos fundadores do Partido Comunista Italiano (PCI) em 1921, percebeu que a implantação do comunismo nos países do Ocidente não deveria seguir o modelo russo (LENIN) do uso da violência para conquistar ou tomar o Estado. Mas, sim, ao contrário, primeiro conquistar o Estado e depois, então, a aplicação da violência para finalizar o processo.

Antonio Gramsci Foto: Reprodução

Nessa concepção, destaca-se o valor atribuído ao seu entendimento de Sociedade Civil como sendo o espaço social onde deve ocorrer a luta pela hegemonia, para que a classe subalterna passe a ser a Classe Dirigente. Um grupo social da classe dirigente, assumindo o controle da Sociedade Política (Estado), permite que o partido da Classe Dirigente seja posicionado acima do Estado.

A manobra é simples, lenta e gradual. Utiliza-se dos instrumentos legais e políticos da democracia para, de forma pacífica e sorrateira, minar e enfraquecer as principais trincheiras democráticas: Executivo, Legislativo, Judiciário, Forças Armadas, Religião e a Família. Usando a propaganda subliminar, o populismo e a demagogia, as consciências são entorpecidas e é criada a sociedade massificada para a luta pela hegemonia. O envolvimento estratégico também é simples e eficaz, conduzindo o processo em três fases:

– Na primeira, organiza o Partido das Classes Subalternas e luta pela ampliação das franquias democráticas para facilitar a ação política, explorando as deficiências e vulnerabilidades do governo;

– Na segunda, luta pela hegemonia das classes subalternas, criando as condições para a tomada do poder;

– Na terceira fase, toma o poder, impondo novos valores e princípios através de uma nova ordem.

Cadernos do Cárcere, de Gramsci

O “socialismo pacífico” é a etapa intermediária para o “socialismo marxista”, o marxismo-leninismo, o comunismo… Preso em 1926, escreveu na prisão “Cadernos do Cárcere” contendo o seu pensamento sobre a tomada do poder de forma pacífica. Foi libertado pouco antes de morrer em 1937. O gramscismo contagiou países da Europa e, hoje, está transbordando na América do Sul. A penetração gramscista no Brasil tem os seguintes objetivos:

1. Obter a hegemonia na sociedade civil.

2. Obter a hegemonia na sociedade política (Estado).

3. Estabelecer o domínio do intelectual coletivo (Partido Classe).

4. Silenciar os intelectuais independentes.

Realizar a transformação intelectual e moral da sociedade pelo abandono de suas tradições, usos e costumes, mudando valores culturais de forma progressiva e contínua, introduzindo novos conceitos que, absorvidos pelas pessoas, criam o “senso comum modificado”. O que gera uma consciência homogênea construída com sutileza e sem aparente conteúdo ideológico, buscando a identificação com os anseios e necessidades não atendidas pelo poder público. Assim é estabelecido o desejo de mudança em direção a um mundo novo, com a sociedade controlada através dos mecanismos de uma “democracia popular”, onde os pensadores livres, temendo o rótulo de retrógrados ou alienados, se submetem a uma prisão sem grades, calando a voz da divergência existente dentro de si e se deixam, assim, vencer pelo “senso comum modificado”.

Este prossegue intoxicando a sociedade, sob a égide do Estado, usado para reduzir e suprimir a capacidade de reação individual e coletiva. Nesse momento, está construída a base para a “tomada do poder” e consequente implantação do Estado Socialista.

Arolde de Oliveira é engenheiro e economista. Foi deputado federal por nove mandatos e atualmente é senador pelo estado do Rio de Janeiro.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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