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Ferramentas do Facebook de impulsionamento de likes e perfis são avaliadas por pesquisadores da UFMG

André Mello - 26/04/2018 13h15

O Facebook tem uma ferramenta de monitoramento e propaganda. Todos os candidatos políticos investem ali para aumentar a visibilidade entre os usuários. Como as empresas, candidatos utilizam as ferramentas de impulsionamento, para ampliar a visibilidade de suas páginas.

Com base nessas ferramentas de impulsionamento, o pesquisador Fabrício Benevenuto, da Universidade Federal de Minas Gerais, criou um grupo que monitora as estatísticas das postagens ou anúncios de cada candidato.

Pelas categorizações, é possível saber que 72% dos usuários que curtem postagens ligadas ao candidato Jair Bolsonaro são homens. Entre Geraldo Alckmin, Lula, Marina Silva e Joaquim Barbosa o percentual é de 50% para cada gênero, sem prevalência de um grupo. João Dória é o favorito dos usuários casados, 54%. Alvaro Dias tem a maior audiência entre os maiores de 65 anos, 16%.

No Face: o perfil de Bolsonaro tem 4 milhões de likes, contra 3 milhões de Lula, seguido pelos 2 milhões de Marina.

Mas surpresas aparecem: Alvaro Dias tem 1 milhão e Alckmin, apenas 880 mil. Joaquim Barbosa, com 62 mil curtidas, é menor do que Collor – que tem apenas 102 mil curtidas.

Cento e sessenta milhões de usuários do Facebook são brasileiros. Mas a soma dos likes dos políticos não dá nem 10% desse total. Então, ou os usuários não curtem a pesada disputa política das postagens, ou talvez a campanha ainda nem tenha começado…

Vale também a pena dizer que além da quantidade de likes, o grupo da UFMG monitora os bots e as fake news, que estão famosas ultimamente por causa da eleição americana.

Já no Twitter, Bolsonaro é o campeão de twitaços, perdendo apenas recentemente o posto para as movimentações e citações de Lula na semana em que o petista foi preso, com picos nos momentos de campanha dos apoiadores a cada notícia da movimentação no STF ou Lava Jato.

No site Eleições sem Fake os candidatos são avaliados e, também, são denunciados os boatos (fake news) que envolvam as eleições.

A legislação não proíbe o uso da internet, nem é ilegal que as campanhas sejam impulsionadas por anúncios pagos. Mas o TSE está trabalhando para fiscalizar a manipulação dos eleitores.

Porém, a pesquisa não esclarece um mistério: Por que Ciro Gomes não tem nenhuma menção nos impulsionamentos do Facebook? Não ganhou nenhum like? Será que ele usa a Rede?

André Mello é jornalista, tradutor, teólogo e cientista da religião.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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