PF responde a Moraes e sugere caça às bruxas
O ministro mandou a Polícia Federal se explicar
André Marsiglia - 21/10/2025 15h34

Quando a alfândega dos Estados Unidos afirmou que Filipe Martins não entrou no país, a primeira providência de Moraes deveria ter sido revogar a prisão de Martins.
A segunda, instaurar investigação contra as autoridades que permitiram que uma falsidade embasasse uma prisão.
Mas não: Moraes mandou a PF se explicar, e ela respondeu:
– Que a inserção dos dados pode ter sido feita para atrapalhar as investigações;
– Que o método seria semelhante ao de uma milícia digital; e
– Arrematou que a internet vem sendo usada “para a propagação de informações falsas por meio de influenciadores digitais e, até mesmo, de advogados que possuem posição de autoridade perante o público de interesse”.
Ou seja, em vez de reconhecer o erro e revogar a prisão de Martins, a resposta policial sugere inaugurar um novo período de caça às bruxas contra os que apontam as irregularidades do caso.
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André Marsiglia é advogado, professor de Direito Constitucional e especialista em liberdade de expressão. |
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