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O que fazer diante de uma alta da inflação?

Em um cenário de inflação alta, crise econômica e desemprego, todos perdem

Anderson de Alcantara - 11/06/2019 10h36

Diante de uma perspectiva de retomada de alta da inflação para os próximos 12 meses, semana passada fiz uma introdução sobre este assunto aqui no Pleno.News (clique aqui para ler). Hoje vamos sugerir algumas medidas que podem ajudar você e sua família a neutralizarem os efeitos perversos deste mal econômico.

Vale lembrar que um pouquinho de inflação é saudável. Uma inflação dentro da meta (atualmente em 4,5% ao ano) é normal porque os preços subindo um pouco significam atividade na economia. No entanto, uma inflação acima de 10% ao ano passa a ser perigosa para todos. Inclusive para quem tem dinheiro aplicado e fica sonhando com a volta do mítico “1% de rentabilidade ao mês” – que não passa de uma desgraça disfarçada de vantagem.

Gastos
Quem é leitor assíduo desta coluna, já me viu falando aqui: “Dinheiro não é nada sem controle” (clique aqui para ler). Você deve controlar todas as entradas e saídas de dinheiro da casa, pois só dessa forma descobre pra onde vai o dinheiro e vê onde dá para cortar. O que eu mais tenho percebido em meus atendimentos são famílias que de uns tempos para cá explodiram seus gastos com delivery (refeições entregues em casa, por pedido via aplicativo ou telefone). Dê uma olhada nisso, mas não esqueça do resto. Tem que controlar tudo, do cafezinho à mensalidade da escola das crianças.

Dívidas
Fuja de dívidas; principalmente as de juros altos rotativos. Você não pode ficar devendo, por exemplo, para o cartão de crédito ou para o cheque especial. Os juros nessas modalidades estão em torno de 300% ao ano. É uma forca na qual você põe o próprio pescoço. Dívida é um assunto tão sério que eu dediquei 5 colunas aqui do espaço só para tratar deste assunto. Se este é o seu problema, entre no índice geral de artigos (clique aqui, foi em outubro) e procure por eles. Tenho certeza que você verá uma luz no fim do túnel.

Investimentos
A ideia aqui é fazer a rentabilidade aumentar em termos reais, ou seja: acima da inflação. Quem ainda está preso à poupança, por exemplo, perde dinheiro e eu já provei isso (clique aqui para ler). E não adianta ficar torcendo para a aplicação voltar a dar 1% de rentabilidade ao mês. Isso é um engodo! Seu dinheiro não estará crescendo a esta taxa. Aprenda a fazer a conta verdadeira (clique aqui para ler) , conheça alternativas igualmente seguras e mais rentáveis para investir do que o seu banco de conta corrente (clique aqui para ler) e compare os produtos. Lembre-se de começar sempre por formar uma Reserva Técnica de Liquidez e Segurança adequada ao padrão de vida da sua família (clique aqui para ler). Ela é o seu primeiro passo para a formação de um patrimônio financeiro saudável.

Governo
Da parte do Governo, existem algumas formas de tentar controlar a inflação. Tais como: subir os juros, reduzir os gastos do governo, e fomentar o aumento da produção nacional. Destes três o mais amargo (e o mais usado até aqui pelos governos anteriores) é o primeiro. Porém o Governo atual parece ter aprendido com o erro dos seus sucessores e está empenhado em buscar, desta vez, o controle através dos instrumentos mais saudáveis para a economia. Vamos ver se o Congresso ajuda.

Por hoje fico aqui, lembrando que, caso você tenha alguma questão ou dúvida relacionada a Finanças Pessoais, pode enviá-la para redacao@plenonews.com.br e eu terei o maior prazer em responder e tentar lhe ajudar.

Forte abraço e até semana que vem. Sucesso e fique em Paz!

Anderson de Alcantara é profissional do mercado financeiro há 30 anos, onde atua como como Planejador Pessoal; e é Professor Titular do Ministério Videira – Educação Financeira à luz da Bíblia.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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