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Anderson de Alcantara - 12/02/2019 12h01


Olá, caro leitor e cara leitora do Pleno.News! Como vão? Tudo bem?

Hoje eu comecei citando (no título e no subtítulo da matéria) trechos de obras de Renato Russo (compositor brasileiro, 1960-1996), e do Apóstolo São Paulo (escritor cristão, 05-67). Duas frases que, apesar de estarem separadas por quase dois mil anos na história, se convergem e se completam nos tempos atuais de inúmeras revoluções por minuto (não… aí já é outra banda… 😁).

As coisas vêm mudando numa velocidade impressionante, não é mesmo? Vamos pensar numa coisa corriqueira que mudou bastante nos últimos anos: tente lembrar da maneira como você pegava um táxi tempos atrás e como pega hoje. De acordo com a época em que nasceu, você pode ter vivido uma ou mais das fases a seguir:

  1. de 1890 a 1980 – você ia para a rua, esperava passar um táxi, olhava para ver se ele estava livre, fazia sinal com um braço. O motorista parava, vocês combinavam o trajeto e o taxímetro era acionado até o final da corrida. O pagamento somente poderia ser feito em dinheiro;
  2. de 1980 a 1990 – você buscava na sua agenda o telefone da Central de Táxi de seu bairro, ligava para a central, pedia um carro, aguardava a confirmação. O táxi ia até à porta da sua casa e o taxímetro era acionado a partir do momento em que o motorista parava em frente à sua porta. O pagamento poderia ser feito em cheque ou dinheiro;
  3. de 1990 a 2010 – a Central de Táxi passou a aceitar agendamento de corridas, faturamento para empresas e pagamentos em cartão de crédito;
  4. de 2010 até o momento – um aplicativo no seu celular permite que você escolha entre táxi ou carro particular, carro comum ou de luxo, se irá sozinho ou compartilhando com outro passageiro. Você já sabe de antemão quanto vai pagar pela corrida, e você ainda dá uma nota de avaliação na qualidade de atendimento do motorista.

Apesar de ser jovem (rs) eu vivi todas estas quatro fases. E você? Muita coisa também mudou muito nos últimos 30… 40 anos: a forma de ouvir música, ver as horas, saber das notícias, comunicar-se… foram centenas de revoluções em nossa forma de viver que foram sendo incorporadas à rotina diária, sem nem nos darmos conta, na maioria das vezes.

Em matéria de guardar e investir o seu dinheiro, muita coisa já evoluiu também. Mas talvez você ainda não se tenha dado conta. E eu estou aqui para te ajudar a começar a entender isso.

Obs: Daqui para frente este artigo se destina a quem já tem alguma economia guardada no banco, ou pretende começar a fazê-lo. Se você ainda está com dificuldades em seu orçamento doméstico, atolado em dívidas, e/ou não sobra nada para investir no final do mês, retorne ao ponto de partida e avance uma casa, lendo meus artigos: “Você e seu dinheiro” na ordem (clique aqui, role a tela até o final e comece a ler os artigos de baixo para cima).

Muitas pessoas ainda preferem investir suas economias pelos bancos convencionais e continuam perdendo boas oportunidades. Na maioria dos casos, isso se deve à falta de conhecimento, pré-conceitos, e sabotadores internos.

No modelo convencional vigente, há hoje no Brasil apenas cinco grandes bancos de varejo, com “agências espalhadas por todo o território nacional”, onde as pessoas optam (?) por um deles, geralmente em função da conta-pagamento da empresa em que trabalham, para poder receber seus salários. Daí por diante, as pessoas começam a se relacionar com este banco sempre de maneira exclusiva, recebendo ofertas para investir seu dinheiro em planos de capitalização, previdência privada, CDBs e fundos deste próprio banco:

Modelo convencional de distribuição de produtos financeiros Anderson de Alcantara

 

Note que não há muita liberdade de escolha. Mesmo um indivíduo que procure saber mais, acesse blogs e siga especialistas em redes sociais, quando ele percebe que o Banco 4 oferece uma taxa de CDB melhor que o seu Banco de relacionamento 1, por exemplo, ele não sente estímulo de ir até o Banco 4 abrir uma nova conta, pois sabe que o custo (financeiro, de tempo e de aborrecimento) será muito alto. Então ele fica ali no Banco 1 mesmo, sujeito à (má) vontade de seu gerente – que só se lembrará de você quando estiver com alguma meta apertada para bater.

Em contrapartida, já há no Brasil diversos bancos e corretoras independentes que trabalham no modelo de Plataformas Abertas, comum nos Estados Unidos e países desenvolvidos há mais de 30 anos. Neste modelo, o cliente abre conta em uma corretora (muita das vezes gratuitamente) e através dela passa a ter acesso a uma gama enorme de produtos e serviços disponíveis para o investidor:

Novo modelo de distribuição de produtos financeiros, por corretoras independentes Anderson de Alcantara

 

Corretoras são instituições financeiras como qualquer outra – e isso esclarece a maior dúvida dos novatos com relação à segurança. Essas instituições passam pelos mesmos controles que um banco passa. Não se abre uma corretora com a mesma facilidade que se abre uma lanchonete. Toda corretora que está em operação no Brasil foi autorizada a funcionar pelo Banco Central e elas são parte do Sistema Financeiro Nacional (SFN), assim como o seu banco de relacionamento.

As vantagens das corretoras independentes em relação aos bancos convencionais para o investidor são várias, mas eu gosto de destacar duas:

  1. FOCO: corretoras são especializadas em fazer seu dinheiro render melhor. Elas não lhe enviam cartões que não foram solicitados, não trabalham com Caderneta de Poupança, Títulos de Capitalização, ou outras coisas que não façam seu dinheiro crescer, de fato;
  2. CUSTO OPERACIONAL: eu já tinha falado disso aqui na semana passada, lembra? Enquanto os bancos convencionais gabam-se de ter milhares de agências, uma corretora independente normalmente centraliza suas equipes em um único endereço. Isso reduz custos e otimiza resultados, que acabam sendo repassados para você em forma de maior rentabilidade.
Exemplo da área de operações de uma corretora independente

 

Por isso é errado dizer que as corretoras independentes são “virtuais”. Elas têm endereço físico. Só que você não precisa ter uma agência delas a cada esquina. Afinal, qual foi a última vez que você foi ao seu banco?

Semana que vem esclarecerei mais alguns pontos a respeito das corretoras independentes e adiantarei resposta às principais perguntas que as pessoas fazem quando começam a trilhar nesse maravilhoso caminho de fazer seu dinheiro render melhor, efetivamente. Não perca!

Ah! Lembra-se do táxi? Quer ver como eu aposto que será nos próximos anos?

  • de 2030 a 2050 – o mesmo aplicativo que você usa hoje irá chamar um carro não tripulado (sem motorista humano), que vai parar na sua porta, abrir a porta sozinho, conversar com você, aceitar alterações de trajeto, te entregar são e salvo no seu destino e debitar a corrida do seu cartão de crédito – sem contato com nenhum ser humano.
  • de 2050 em diante – o carro virá voando. 🚀

Por hoje fico aqui, lembrando que, caso você tenha alguma questão ou dúvida relacionada a Finanças Pessoais, envie-a para redacao@plenonews.com.br e eu terei o maior prazer em responder e tentar lhe ajudar.

Forte abraço, até semana que vem. Sucesso e fique em Paz!

Anderson de Alcantara é profissional do mercado financeiro há 30 anos, atua como consultor financeiro na 3468 Finance e é professor titular do Ministério Videira – Educação Financeira à luz da Bíblia.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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