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Dívidas: Quando o ser humano se escraviza para manter um padrão

O ser humano pós-modernista vive através do consumismo exagerado e da dependência das dívidas para manter o seu padrão de consumo

Anderson de Alcantara - 16/10/2018 13h25

Olá, pessoal do Pleno.News, como vão? Tudo bem?

Agora que já faz algumas semanas que estamos juntos aqui neste espaço, me diga: o que você tem achado de nossos artigos? Eles têm lhe ajudado, de alguma forma, a melhorar o seu entendimento sobre este assunto? Você já tem notado alguma diferença em sua vida financeira desde que começamos com esta série de artigos?

Escreva para nós! Conte sua experiência, dê sua sugestão, aponte algo que possa ser melhorado. Contamos muito com o seu feedback para ajudar ainda mais a sua vida e a de muitas pessoas.

Hoje falaremos sobre um assunto que, infelizmente, faz parte da vida da maioria dos brasileiros atualmente: Dívidas. Esse é um dos assuntos mais solicitados em todas as palestras e atendimentos que dou por toda a parte, em todas as camadas sociais. Acabou que o artigo ficou tão grande, que achei melhor dividi-lo em partes e assim, este assunto se tornou uma série que começará hoje. Não perca nenhum capítulo e mãos à obra!

Para começar, se você está endividado, o único consolo imediato que eu posso lhe dar é te dizer: você não está sozinho:

Nesse exato momento, algo em torno de 60 milhões de brasileiros estão trabalhando somente para pagar juros de dívidas.

Ao observarmos a nossa vida ou a de alguma pessoa próxima que viva sob o peso da dívida, vamos perceber sintomas de dependência, prisão, amarras… É angustiante a escravidão que a dívida financeira traz para o ser humano.

Todos os que sofrem por conta de dívidas são capazes de jurar que são vítimas do sistema ou de fatalidades, porém incrivelmente apenas uma minoria das pessoas se encontra numa situação de dívida por conta de imprevistos de saúde, acidentes ou tragédias.

Uma análise cuidadosa sempre acaba revelando que a maioria se comprometeu financeiramente em dívidas por querer algo que não podia pagar e/ou financiar, ao invés de poupar e comprá-lo amanhã.

Muitas pessoas gastam dinheiro que não tem, para comprar coisas que não precisam, para impressionar pessoas que não gostam. (Will Rogers, ator norte-americano, 1879-1935)

Efetivamente, famílias que gastam mais do que ganham entram num estado de dívida permanente por ter dificuldade para dizer “não” em relação a gastos e padrões de consumo do mundo atual.

Pressões da sociedade nos levam a um padrão de consumo cada vez mais elevado. O ser humano pós-modernista se escraviza através do consumismo exagerado e da dependência das dívidas para manter o este padrão de consumo elevado – conforme já vimos anteriormente no estudo “A maldição da classe média”.

Se não se libertarem do sistema dominante, a maioria das pessoas passarão a vida inteira trabalhando para pagar por coisas, muitas vezes supérfluas, na ilusão vendida de que a felicidade está no acúmulo destas coisas. Sem falar na fortuna de juros pagos aos financiadores dessas coisas (bancos, operadoras de cartão, lojas, agências de viagem, concessionárias de automóveis, etc.)

O que vou dizer a seguir é muito forte, mas preciso que você entenda: a verdade é que o sistema vigente depende do seu consumo contínuo para sobreviver. Não importa que para isso você venha a morrer. Sempre haverá uma nova “peça de reposição” para ocupar o seu lugar no sistema.

As pessoas se tornam escravas simplesmente porque aprenderam a permanecer a vida inteira trabalhando para ganhar dinheiro, enquanto deveriam colocar o dinheiro para trabalhar para elas. (Robert Toru Kiyosaki – autor do livro “Pai Rico, Pai Pobre)

Lembre-se: Você não nasceu apenas para trabalhar e pagar contas! Já abordamos esse assunto em nosso artigo de 11 de setembro.

Antes de gastar o que não tem – através das dívidas – lidando da forma errada com o dinheiro para realizar desejos pessoais incutidos em sua mente pela mídia, você deveria primeiramente procurar se libertar desta programação nociva.

Dessa forma, escolha ir na contramão do sistema, do pensamento dominante que diz que “todo mundo deve”, “o país deve”, “que mal há em dever?”. Ter qualidade de vida e alcançar a liberdade financeira passa primeiramente por não fazer dívidas e não se gastar mais do que ganha.

Uma vez compreendidas estas verdades, a partir da semana que vem vou trazer para vocês dicas práticas e efetivas para evitar entrar nas dívidas e também para sair delas da melhor forma.

Por hoje, que você possa refletir sobre o estado que se encontra, e que esse é simplesmente a consequência das decisões que você vem tomando até aqui. Reconhecer sua responsabilidade por sua situação atual é sempre o primeiro passo que tem que ser dado em direção à mudança.

Pare de culpar os outros e procure encontrar os ajustes que você terá que fazer em seu estilo de vida para começar a mudar esta situação de dentro pra fora. É preciso sabedoria para fazer esses ajustes na ordem e tempo certos.

Por hoje é só. Contem comigo! Estarei toda semana por aqui.

Caso você tenha alguma questão ou dúvida relacionada a Finanças Pessoais, envie-a para redacao@plenonews.com.br, eu terei o maior prazer em responder e tentar lhe ajudar.

Forte abraço, até semana que vem. Sucesso e fiquem em Paz!

Anderson de Alcantara é profissional do mercado financeiro há 29 anos, atua como Consultor Financeiro na Sukses Consulting Advisory e é Professor Titular do Ministério Videira – Educação Financeira à luz da Bíblia.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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