Venezuela: Estudantes iniciam marcha em protesto de 19 dias
Rota pela Venezuela reivindica liberdade e o fim da crise
Pleno.News - 06/06/2021 11h32 | atualizado em 06/06/2021 11h40
Estudantes da Venezuela iniciaram neste sábado (6) uma caminhada saindo de vários estados do país rumo a Caracas, aonde esperam chegar no próximo dia 24, com o objetivo de mostrar sua rejeição ao governo do presidente Nicolás Maduro e reivindicar o fim da crise que se instalou no país nos últimos anos.
Também participam da marcha, denominada Rota pela Venezuela (#RutaXVzla), várias organizações da sociedade civil, conforme relatado pelos organizadores, entre as quais várias associações de diferentes setores.
A convocação, liderada pela Confederação de Estudantes Venezuelanos (Confev), foi anunciada em 18 de março para começar em 19 de abril, mas foi posteriormente adiada até hoje. Os responsáveis alegaram “razões organizacionais”.
– Nós estudantes vamos do interior do país para Caracas, para a capital, e vamos exigir uma vida digna para cada um de nós – disse a porta-voz das universidades autônomas, Yeissel Perez, durante a reunião de março, na qual a atividade foi anunciada.
No momento, não se sabe como pretendem contornar as restrições à mobilidade que fazem parte da quarentena em vigor na Venezuela para combater a Covid-19, bem como os controles permanentes das forças de segurança do Estado.
O porta-voz das universidades particulares do país, Terry Villanueva, pediu à Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, a chilena Michelle Bachelet, assim como à comunidade internacional, quando o chamado foi lançado, para permanecerem atentos às mobilizações para garantir que as autoridades venezuelanas não tentassem evitá-las.
– Avisamos o regime e, especificamente, Nicolás Maduro, que se eles tentarem nos silenciar ou reprimir, ele será responsável por nossa integridade – destacou Villanueva.
Perez afirmou hoje que a situação que o país está passando é de “vida ou morte” e está sendo sofrida por todos os venezuelanos. O líder opositor Juan Guaidó referendou o apelo de mobilização convocado pelos estudantes e lhes ofereceu apoio.
*EFE
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