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Universitário encontra corpo de amigo em aula de anatomia

Caso aconteceu em universidade da Nigéria

Gabriela Doria - 03/08/2021 16h53 | atualizado em 03/08/2021 17h26

Enya Egbe e o amigo, Divine, morto com dois tiros no peito Foto: Reprodução

Um estudante de medicina, de 26 anos, foi surpreendido ao encontrar o cadáver de um amigo durante uma aula de anatomia, na Universidade Calabar, na Nigéria.

Em entrevista à rede BBC, Enya Egbe contou que seu amigo, Divine, tinha duas marcas de tiro do lado direito do peito. Egbe disse que ficou tão traumatizado com a situação que chegou a abandonar as aulas por algumas semanas. Segundo o estudante, ele sempre via Divine na entrada da porta da sala de anatomia.

O amigo de Egbe e mais três rapazes estavam desaparecidos desde que foram presos, enquanto voltavam de uma noitada. Dos quatro rapazes, apenas Divine teve o corpo recuperado. Uma ação foi aberta para investigar a conduta dos policiais.

Uma testemunha relatou que, na ocasião das prisões, foi obrigada pelos policiais a ajudar a carregar os corpos dos jovens, que tinham sido torturados e executados pelos policiais. O homem afirma que foi ameaçado de ter o mesmo destino das vítimas se não ajudasse a deixar os corpos no Hospital Universitário da Nigéria.

A família de Divine conseguiu fazer com que um dos policiais envolvidos no caso fosse demitido.

Uma amiga da vítima criticou o funcionamento do sistema de doação de corpos para fins científicos. Ela também aponta a alta incidência de vítimas baleadas nas aulas de anatomia.

– A maioria dos cadáveres que usamos na escola tinham marcas de balas. Eu me senti muito mal quando percebi que algumas daquelas pessoas poderiam não ser criminosos de verdade – contou Oyifo Ana, amiga de Egbe.

A associação dos anatomistas da Nigéria informou que está atuando para aprovar uma lei que determinará maior rigor e organização no sistema de doação de cadáveres às escolas. A entidade quer tornar obrigatória a apresentação de registros históricos dos corpos antes que eles sejam aceitos.

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