Trump suspende emissão de green cards para estrangeiros
Medida visa recuperar empregos de cidadãos americanos quando a economia reabrir
Pleno.News - 22/04/2020 07h34
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (21) que suspenderá a emissão de autorizações de residência permanente no país para imigrantes, os chamados “green cards”, sob a justificativa de que pretende proteger empregos para cidadãos americanos em meio à crise pelo novo coronavírus.
A medida aprovada pelo governo, que terá duração inicial de 60 dias, exclui da suspensão os vistos especiais temporários, como os de especialistas em agricultura ou tecnologia.
– Fazendo uma pausa na imigração, vamos ajudar os americanos desempregados a serem os primeiros a encontrar emprego enquanto os Estados Unidos reabrem (a economia). Seria errado e injusto que americanos demitidos fossem substituídos por imigrantes – disse Trump em entrevista coletiva.
As medidas de isolamento social devido à propagação do coronavírus destruíram 22 milhões de empregos em todo o país em um período de quatro semanas, segundo o Departamento do Trabalho – um número inédito em crises anteriores.
O presidente explicou na coletiva de imprensa que a suspensão entrará em vigor após a assinatura, nesta quarta-feira (22), de um decreto executivo que vai conter algumas exceções. Ele também disse que a extensão ou não do decreto vai depender de “condições econômicas”.
As exceções, segundo a imprensa americana, permitirão que parentes estrangeiros de cidadãos americanos continuem recebendo seus ‘green cards’.
Todos os anos o governo dos EUA emite mais de 1 milhão de autorizações de residência permanente para cidadãos estrangeiros, incluindo cerca de 50 mil por sorteio.
Desde o início da pandemia, o governo Trump fechou as fronteiras terrestres com Canadá e México, além do tráfego aéreo com outros países. Os EUA também suspenderam as leis de imigração e têm enviado para o México imediatamente todos os requerentes de asilo e imigrantes sem documentação que cruzam sua fronteira.
*Com informações da Agência EFE
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