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Trisal vai à Justiça para registrar três pais em certidão da filha

"Não somos diferentes de nenhuma outra família", disse Eric LeBlanc

Thamirys Andrade - 15/10/2025 15h33 | atualizado em 15/10/2025 16h28

Eric LeBlanc, Jonathan Bédard e Justin Maheu com a filha adotiva Foto: Arquivo Pessoal

Um trisal formado por homens canadenses acionou a Justiça do país reivindicando que a província do Quebec reconheça legalmente os três como pais de uma menina que adotaram na última quinta-feira (9).

Eric LeBlanc, Jonathan Bédard e Justin Maheu residem em Montreal e formalizaram a adoção da criança de 3 anos nascida em Quebec por meio do Serviço de Proteção à Juventude (DPJ) da província.

– Ela é perfeita. Ela é curiosa, cheia de energia. Ela adora brincar, pular e dançar – declarou Eric LeBlanc ao Daily Mail.

Foram dois anos em busca da adoção. De acordo com Eric, a primeira agência que os atendeu não aceitou dar seguimento ao processo de adoção devido ao sistema legal de Quebec, que não reconhece mais de duas pessoas como pais. O trisal buscou, então, um advogado e conseguiu persuadir outra agência a assumir os trâmites que oficializaram a adoção.

– Por meio desse processo, eles aprenderam que somos um pouco diferentes porque somos três, mas não somos diferentes de nenhuma outra família – acrescentou LeBlanc.

O obstáculo agora é conseguir que o nome dos três pais conste na certidão da criança, algo pelo qual afirmam estar dispostos a ir até a Suprema Corte do país.

– Estamos tristes pelo fato de não termos o apoio do nosso próprio governo, que deveria ser um governo aberto que quer ajudar todas as famílias – completou Eric.

Em abril do último ano, um juiz do Tribunal Superior de Quebec determinou um prazo de um ano para que o governo mude o código civil, permitindo que crianças tenham mais de dois pais. Para ele, o status quo é “inconstitucional” e fere a Carta Canadense de Direitos e Liberdades.

O ministro da Justiça e procurador-geral, Simon Jolin-Barrette, por sua vez, afirmou que “ter mais de dois pais pode ter prejuízos importantes para a criança”, incluindo em casos de separação.

– Não acho que seja do interesse da criança ter quatro, cinco, seis, sete, oito pais – assinalou.

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