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TikTok diz que neutralizou 15 redes que tentavam influenciar

Perfis sugestionavam discursos políticos contraditórios

Pleno.News - 26/05/2024 08h46 | atualizado em 27/05/2024 13h36

TikTok diz que neutralizou 15 redes que tentavam influenciar discurso político no mundo Foto: Pixabay

A rede social TikTok neutralizou até 15 campanhas digitais diferentes que tentavam influenciar o discurso político em países do mundo todo, desde os Estados Unidos até Irã e Alemanha, além de latino-americanos como Venezuela, Equador e Guatemala. A informação consta em um relatório da própria plataforma.

O documento, o primeiro do gênero a ser publicado pelo TikTok, expõe uma ampla gama de operações secretas que buscavam mudar a opinião pública com conteúdo favorável a diferentes governos ou partidos políticos.

Entre as atividades suspeitas está uma rede que operava a partir da China e tinha como alvo pessoas nos EUA com a intenção de promover a “política e a cultura” do país asiático por meio de 16 contas com mais de 110 mil seguidores no total.

– Eles criaram contas não autênticas para ampliar artificialmente as narrativas pró-China, incluindo o apoio às decisões políticas e aos objetivos estratégicos da República Popular da China (RPC) – afirmou a rede social com sede neste país em seu relatório.

O relatório do TikTok não afirmou, no entanto, que o governo chinês estava por trás da operação de influência.

O modus operandi usado, comum em outros casos, foi abrir uma série de perfis com criadores e celebridades falsos dos EUA para construir um público próprio.

Essa foi a única tentativa de condicionar os usuários do TikTok nos EUA, já que uma rede separada foi detectada com 65 contas que buscavam amplificar o discurso pró-iraniano por meio de publicações “relacionadas a viagens e turismo para ganhar seguidores antes de se voltar para questões políticas”, como a guerra na Faixa de Gaza, de acordo com o TikTok.

A guerra na Ucrânia também foi objeto de algumas dessas operações de interferência: 52 contas com mais de 2,6 milhões de seguidores no total que carregaram “conteúdo pró-ucraniano e geraram tráfego fora da plataforma para manipular o discurso” sobre o conflito foram removidas.

Por outro lado, o TikTok descobriu duas redes independentes voltadas para a Venezuela com um alcance potencial de mais de 300 mil usuários entre elas.

A primeira, favorável ao governo de Nicolás Maduro, tentou “manipular o discurso” sobre a disputa territorial com a Guiana pela região de Essequibo, rica em recursos naturais.

O segundo, de maior impacto, operava no Chile e também se concentrava na “diáspora venezuelana” que vive no país, alternando postagens sobre “a beleza da Venezuela com conteúdo político” favorável a “um candidato venezuelano da oposição”, cujo nome não foi revelado.

Recentemente, o TikTok tem sido objeto de intenso debate sobre sua propriedade e se o governo chinês poderia usá-lo para promover seus interesses políticos e até mesmo influenciar as próximas eleições nos EUA.

No mês passado, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou um projeto de lei que pode banir o TikTok em todo o país se os proprietários do aplicativo, a ByteDance, não o venderem até 2025.

A ByteDance, no entanto, entrou com uma ação judicial para bloquear o projeto de lei, argumentando uma violação da liberdade de expressão de acordo com a Primeira Emenda à Constituição americana.

*EFE

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