Pleno.News - 28/08/2024 19h01 | atualizado em 28/08/2024 19h15

O jornal The Wall Street Journal criticou, nesta terça-feira (27), a prisão de Pavel Durov, CEO do Telegram, na França, ocorrida no último sábado (24). Em um editorial, o periódico questionou os motivos da detenção e levantou dúvidas sobre as práticas de censura na União Europeia.

A publicação expressou preocupações sobre a falta de transparência em torno da prisão e sugeriu que a detenção de Durov poderia estar ligada ao que chamou de “regime de censura” europeu.

– Os reguladores europeus estão tentando se intrometer na eleição presidencial dos EUA. No entanto, a missiva não atraiu nem um pio da administração Biden – afirmou o editorial.

Em outra parte, o texto sugere que medidas de censura e a busca por “discurso de ódio” geram dúvidas sobre os motivos da prisão de Durov e então levantou questionamentos sobre o apoio da Casa Branca às políticas de controle de conteúdo na internet adotadas pela Europa.

– Conservadores americanos, em particular, temem que os europeus estejam tentando fazer do sr. Durov um exemplo para promover mais censura na internet, com um sinal de aprovação da administração Biden. Paris poderia acalmar essas suspeitas fornecendo mais detalhes sobre sua investigação, e a Casa Branca deveria incentivar isso.

A prisão de Pavel Durov ocorreu em meio a uma investigação da Justiça francesa, que o acusa de 12 crimes, incluindo envolvimento com o crime organizado.

De acordo com a promotora de Paris, Laure Beaccuau, as acusações contra o CEO do Telegram incluem cumplicidade em crimes como pornografia infantil, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, facilitados pela falta de moderação nas ferramentas oferecidas pela plataforma.

Durov foi impedido de deixar a França até que o julgamento seja concluído. Ele foi solto nesta quarta (28) após pagar uma fiança de 5 milhões de euros (R$ 30 milhões), conforme informado pela Reuters.

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