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Tempestade tropical deixa quase 80 mortos no sudeste da África

Pessoas ficaram desalojadas, segundo informaram as autoridades locais

Pleno.News - 28/01/2022 11h47 | atualizado em 28/01/2022 12h11

Tempestade tropical Ana deixa quase 80 mortos no sudeste da África Foto: EFE/EPA/ANDRE CATUEIRA

A tempestade tropical Ana, de intensidade moderada, deixou quase 80 mortos em sua passagem por Madagascar, Moçambique e Malawi, além de desalojar dezenas de milhares de pessoas e causar danos materiais significativos. A informação foi divulgada nessa quinta-feira (27) pelas autoridades locais.

A primeira tempestade da estação chuvosa na região está agora em Malawi, onde o número de mortos subiu para 19 nessa quinta-feira, depois que o comissário do distrito de Chikwawa, Ali Phiri, confirmou à Agência EFE que 10 pessoas morreram nesta área, que foi a mais afetada do país. O número, no entanto, pode aumentar à medida que as equipes de busca e resgate continuam com suas operações para identificar mais vítimas.

– Tivemos problemas para chegar a muitas áreas afetadas, porque as estradas e pontes foram danificadas ou estão submersas. Mas estamos tentando verificar as informações sobre os desaparecidos – disse Phiri à EFE.

De acordo com o último relatório do Departamento de Gestão de Desastres do Malawi (Dodma) divulgado na quarta-feira (26), cerca de 217 mil pessoas (ou mais de 48 mil famílias) foram afetadas por ventos fortes, chuvas torrenciais e inundações provocados pela tempestade.

Na quarta-feira (26), o presidente do país, Lazarus Chakwera, declarou todos os distritos do sul afetados pela tempestade como “zonas de desastre”.

Antes de tocar o Malawi, Ana passou por Moçambique, onde o número de mortos já subiu para 18, enquanto mais de 45 mil pessoas perderam as suas casas, segundo o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).

Com mais de 100 milímetros de chuva em 24 horas e ventos de 100 a 130 quilômetros por hora, a tempestade, que tocou a terra na segunda-feira (24), destruiu parcial ou totalmente 12 postos de saúde e 346 salas de aula.

– Os riscos para a saúde aumentam drasticamente após um desastre como este, com a ameaça real de surtos de doenças transmitidas pela água, como hepatite ou cólera – alertou a equipe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), em Moçambique.

De acordo com o que a porta-voz da organização para a África Austral, Robyn Lee Doyle, disse à EFE, “as inundações terão um grande impacto no acesso à água potável e ao saneamento”, enquanto a destruição das terras agrícolas “provocará insegurança alimentar no longo prazo”.

O primeiro afetado pela tempestade foi a nação insular de Madagascar, onde Ana atingiu a costa, em sua parte leste, na noite de sábado (22) para domingo (24).

Atingido por fortes chuvas e tempestades elétricas desde o último dia 17 de janeiro, o número de mortos naquele país chega a 41, segundo o Escritório de Riscos e Desastres (BNGRC).

Enquanto o sul de Madagascar sofre há um ano a seca mais severa nas últimas quatro décadas, as chuvas e inundações abalam o centro e o norte, causando sérios danos materiais.

Especialmente a capital malgaxe, Antananarivo, sofreu danos significativos em suas infraestruturas, com o desmoronamento de dezenas de edifícios e o fechamento de estradas, bem como a inundação de campos de arroz e de vários edifícios públicos, incluindo o Ministério de Negócios Estrangeiros e um centro de tratamento de Covid-19.

O sudeste da África do Sul foi atingido, em março de 2019, pelo ciclone Idai, considerado o pior desastre natural da sua história recente, que deixou um rastro de pelo menos 600 mortos em Moçambique, mais de 340 no Zimbabué e pelo menos 56 em Malawi.

*EFE

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