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Suprema Corte decide que cristã pode negar serviços a gays

Uma web designer norte-americana contestava uma lei antidiscriminação do Colorado

Leiliane Lopes - 30/06/2023 18h35 | atualizado em 30/06/2023 19h12

Suprema Corte Foto: EFE/EPA/SHAWN THEW

Nesta sexta-feira (30), a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que o estado do Colorado não pode forçar uma web designer cristã a criar páginas para casais homossexuais.

A decisão se refere ao caso de Lorie Smith, proprietária da agência 303 Creative, que iniciou uma batalha judicial por se recusar a criar sites de casamentos para casais formados por pessoas do mesmo sexo.

Cristã, Smith disse que prestar esse tipo de serviço fere suas convicções religiosas. Por isso, ela é contra a lei antidiscriminatória de seu estado, o Colorado, e moveu uma ação para garantir que ela possa se recusar a atender esse público sem sofrer consequências impostas na referida lei.

Para a maioria dos juízes da Suprema Corte, a designer tem o direito de negar o atendimento. Foi assim que entendeu o juiz Neil Gorsuch, relator do processo, que foi acompanhado pelo presidente do tribunal John Roberts e pelos juízes Clarence Thomas, Samuel Alito, Brett Kavanaugh e Amy Coney Barrett.

Gorsuch disse que o Estado não pode controlar o discurso da web designer e que “nenhuma lei de acomodações públicas está imune às exigências da Constituição”.

A decisão foi tomada de acordo com a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que defende a liberdade religiosa e de expressão.

– A oportunidade de pensar por nós mesmos e expressar esses pensamentos livremente está entre nossas liberdades mais queridas e é parte do que mantém nossa República forte – declarou o juiz Gorsuch.

Três juízes foram contrários a esse entendimento: Sonia Sotomayor, Elana Kagan e Ketanji Brown Jackson. Eles entendem que uma empresa aberta ao público não pode se recursar a atender membros de uma “classe protegida”.

O processo corria na justiça norte-americana desde 2016, quando Smith entrou com uma contestação de pré-execução da Lei antidiscriminação. A empresária argumentou na ação que a lei a obrigaria a oferecer serviços que violam sua crença de que o casamento é uma união formada apenas entre um homem e uma mulher.

No Instagram, a web designer comemorou a decisão e disse que se trata de uma conquista não apenas dela, mas de todos.

 

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