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Sobrevivente de aborto lança livro sobre seu milagre

Melissa Ohden, hoje aos 41 anos, conta que permaneceu viva apesar de sua mãe ter interrompido a gravidez

Ana Luiza Menezes - 18/06/2018 18h25

Uma mulher chamada Melissa Ohden, atualmente com 41 anos de idade, considera sua vida como um milagre. Ela sobreviveu a um aborto realizado por sua mãe biológica em 1977, no estado norte-americano de Iowa.

– Eu deveria ter nascido morta, mas, em vez disso, nasci viva. Minha mãe me abortou e pensou que eu havia morrido – relata.

A americana lançou um livro chamado You Carried Me: A Daughter’s Memoir, ainda sem título em português, e ganhou duas premiações pela obra. Na premiação de livros da Christianity Today 2018, ela venceu na categoria Mulheres, e no prêmio Illumination Book 2018, Melissa ganhou na categoria Biografia e Memórias.

Ela foi criada sabendo que tinha nascido prematura. Aos 14 anos, descobriu que era adotiva e que sua verdadeira mãe tinha tentado abortá-la.

Melissa foi salva por uma enfermeira que a ouviu chorando entre os resíduos de um hospital. Na época, sua mãe tinha 19 anos e havia concluído um aborto após o uso de uma solução salina tóxica por cinco dias.

Nascida aos oito meses de gravidez e pesando menos de 1,3 kg, Melissa foi deixada entre os restos de resíduos hospitalares. Ficou ali até que uma enfermeira ouviu seu choro fraco e os movimentos quase imperceptíveis.

Ela foi levada às pressas para uma Unidade de Terapia Intensiva onde, contra todas as probabilidades, sobreviveu.

Os médicos chegaram a pensar que o bebê desenvolveria complicações como cegueira ou um problema cardíaco fatal.

Melissa surpreendeu e foi uma criança saudável, criada por uma família adotiva.

– O maior segredo, na verdade, é que minha mãe biológica passou mais de 30 anos acreditando que eu tinha morrido naquele dia no hospital. Ela não foi informada de que eu sobrevivi. Isso foi mantido em segredo. Fui colocada para adoção sem que ela soubesse. Ela nunca soube se havia dado à luz um garotinho ou uma garotinha – relatou Melissa.

Atualmente, ela tem contato com a mãe biológica. As duas vivem em Kansas City, no estado do Missouri. Melissa também continua em contato com a família que a acolheu.

Com fé e firmeza, ela se vê como “a pessoa mais sortuda do mundo”.

LEGALIZAÇÃO DA PRÁTICA NOS ESTADOS UNIDOS
O aborto foi legalizado nos Estados Unidos em 1973. Desde então, as mulheres do país podem fazer esta escolha mesmo se já estiverem com nove meses de gestação.

Uma prática ainda legalizada em 31 dos 50 estados norte-americanos é o aborto parcial, que consiste na interrupção da gravidez avançada (entre 20 e 26 semanas). Neste caso, o médico puxa o corpo do feto para fora do útero da mãe, deixando apenas a cabeça dentro para então inserir um cateter e sugar o cérebro do bebê, retirando-o finalmente por inteiro da mulher quando estiver morto.

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