Pleno.News - 24/05/2021 16h10 | atualizado em 24/05/2021 16h42

Mais oito pessoas morreram como consequência dos gases tóxicos liberados, no sábado (22), pela erupção do vulcão Nyiragongo, na província de Kivu Norte, no Leste da República Democrática do Congo (RDC). Com isso, sobe para 23 o total de óbitos. A atualização foi divulgada nesta segunda-feira (24) pelo Observatório Vulcanológico de Goma.

– Ao todo, sete pessoas morreram como consequência de lava ativa. Tentaram cruzar a estrada que liga a cidade de Goma (onde está o vulcão) a Rutshuru, mas estava interceptada devido à lava – confirmou à Agência Efe o vulcanólogo Celestin Kasereka Mahinda, diretor científico do observatório local.

Outra pessoa morreu também asfixiada no banheiro devido ao acúmulo de gás nocivo, acrescentou Mahinda, ao lembrar que o número de óbitos pode aumentar nas próximas horas, já a lava continua ativa em alguns trechos.

Na noite de domingo, o governo da RDC confirmou a morte de 15 pessoas: duas morreram queimadas; quatro, por tiros de arma de fogo, após tentarem fugir da prisão de Munzenze; e nove em um acidente de trânsito, enquanto tentavam fugir da região.

Ainda hoje são sentidos tremores na cidade de Goma, localizada a 20 quilômetros do vulcão, o que, segundo Mahinda, pode significar duas coisas: se houver lava ativa na cratera, existe a possibilidade de outra atividade vulcânica; caso contrário, a terra está recuperando seu equilíbrio.

Nesta manhã, uma delegação do governo que chegou da capital, Kinshasa comprometeu-se a apoiar o Observatório (entidade estatal que estava há pelo menos dez meses sem receber recursos públicos) para poder monitorar, mais uma vez, a atividade do vulcão em tempo real.

*Com informações da agência EFE

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