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Rússia trava reunião na ONU sobre a Síria

Pauta discutiria sobre a violação de direitos humanos no país

Gabriel Gontijo - 20/03/2018 11h33

Síria está em guerra desde 2011 Foto: Abdulmonam Eassa/AFP

A Rússia conseguiu travar, nesta segunda-feira (19), a realização de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação dos direitos humanos na Síria. A ação contou também com o apoio de outros países.

Além do apoio russo, votaram contra a reunião China, Bolívia e Cazaquistão, enquanto Etiópia, Costa do Marfim e Guiné Equatorial se abstiveram.

No encontro, solicitado pela França e vários dos seus aliados, estava previsto que o Conselho ouvisse um relatório oral do alto comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, Zeid Ra’ad al Hussein, algo que não ocorria desde 2014, ainda por meio da sua antecessora no cargo, Navi Pillay.

No entanto, imediatamente antes do início da sessão, a delegação russa solicitou uma votação de procedimento e conseguiu reunir os apoios necessários para impedir sua realização.


Representantes de países que se opõem a Bashar al-Assad na Síria alegam que a manobra da diplomacia russa, que é aliada do atual presidente sírio, teve o objetivo de acobertar as violações de direitos humanos cometidos por forças aliadas ao regime governista.

Diversos órgãos internacionais, inclusive a própria ONU, têm acusado as tropas de Assad, que contam com apoio político e logístico de Moscou, de atacar constantemente alvos civis na guerra civil que o país enfrenta desde 2011.

Os oito votos favoráveis pela reunião – França, Estados Unidos, Reino Unido, Suécia, Polônia, Peru, Holanda e Kuwait – não foram suficientes, pois este tipo de decisão precisa do apoio de nove Estados-membros.

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