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EUA retirarão 230 milhões de dólares destinados à Síria

País disse que a medida não significa um menor compromisso com a nação que está em guerra

Jade Nunes - 17/08/2018 15h43

Fundo irá para outras prioridades de política externa Foto: EFE/Mohammed Badra

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (17) que irá retirar 230 milhões de dólares (cerca de R$ 902 milhões) destinados à estabilização da Síria para “apoiar outras prioridades de política externa”.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, autorizou seu departamento a “reconduzir aproximadamente 230 milhões de dólares em fundos de estabilização para a Síria, que estiveram sob revisão”, disse a porta-voz da diplomacia dos EUA, Heather Nauert, em comunicado.

A funcionária afirmou que, em colaboração com o Congresso americano, “o Departamento de Estado redigirirá esses fundos para respaldar outras prioridades de política externa”.

Nauert esclareceu que a medida não significa um menor compromisso do país para atingir “objetivos estratégicos na Síria”.

– O presidente (Donald Trump) deixou claro que estamos preparados para permanecer na Síria até uma derrota duradoura do EI (grupo Estado Islâmico), e seguimos centrados em garantir a retirada das forças iranianas e de seus aliados – indicou Nauert.

Nauert acrescentou que a decisão não afetará a assistência humanitária dos EUA, que, lembrou, é o maior doador como país deste tipo de ajuda para a Síria.

A porta-voz justificou que a retirada da quantia do fundo de estabilização foi adotada levando em conta as contribuições militares e financeiras “significativas” feitas até o momento e as instruções de Trump sobre a necessidade de aumentar a repartição da carga com os aliados.

Os EUA lideram a coalizão internacional contra o EI na Síria e o Iraque, que respalda no terreno as milícias curdas.

Nauert indicou que do Departamento de Estado obteve desde abril cerca de 300 milhões de dólares (cerca de R$ 1.1 bilhão) em contribuições e compromissos de seus parceiros da coligação para apoiar “iniciativas críticas de estabilização e de recuperação temporã em áreas liberadas do EI no nordeste da Síria”.

Nesse sentido, citou a recente contribuição feita pela Arábia Saudita de 100 milhões de dólares (cerca de R$ 392 milhões) e a dos Emirados Árabes Unidos de 50 milhões de dólares (cerca de R$ 196 milhões).

Em uma conferência telefônica, o enviado especial dos EUA para a coligação contra o EI, Brett McGurk, sublinhou que em abril foi “identificada” a necessidade de se centrar em “incrementar a repartição” da carga financeira dos aliados da aliança antijihadista, depois que o EI tenha sido expulso de 99% do território que controlava.

McGurk destacou que os esforços de estabilização consistem em “deixar que as pessoas retornem às suas casas” e a volta dos serviços básicos, como a água, a zonas que estavam sob o domínio dos radicais, e defendeu que estes vão continuar.

*Com informações da Agência EFE

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