EUA: Juiz anula proibição de entrada de refugiados
Medida é parcial e foi defendida por organizações de proteção dos direitos civis
Jade Nunes - 24/12/2017 17h05 | atualizado em 16/03/2018 12h27

Um juiz federal de Seattle suspendeu parcialmente a lei americana que proíbe a entrada de refugiados procedentes de países de maioria muçulmana ao argumentar que a regra impedia a reunião de pessoas com parentes que vivem legalmente no território americano.
A decisão foi tomada na noite de sábado (23) pelo juiz James Robart, após escutar os argumentos de duas organizações de proteção dos direitos civis: União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e o Serviço da Familília Judaica.
Essas associações afirmaram que a proibição de Trump causa danos irreparáveis a famílias e põe algumas pessoas em risco, enquanto os advogados do governo ressaltaram que a medida é necessária para proteger a segurança nacional.
Robart ordernou que o governo federal continue o processo de admissão de certas solicitações de refugiados e enalteceu que a decisão deve ser aplicada “a pessoas com uma relação real com uma pessoa ou entidade dos Estados Unidos”.
No final de outubro, o governo americano vetou a entrada de refugiados procedentes de 11 países de maioria muçulmana, a maioria da África e do Oriente Médio, à espera de uma revisão de segurança de 90 dias. Os afetados são cidadãos de Egito, Irão, Iraque, Líbia, Mali, Coreia do Norte, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Síria e Iêmen.
*Com informações da Agência EFE
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