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Entenda como a guerra na Síria ficou tão violenta

Rebeldes são maioria sunita da população e lutam para tirar Bashar Al-Assad do poder

Camille Dornelles - 08/03/2018 15h18 | atualizado em 16/03/2018 12h18

Pais correm com seus filhos após ataque em Alepo, na Síria Foto: Ameer Alhalbi/Reprodução

Os conflitos intensos na região da Guta Oriental, próxima à capital da Síria, têm dado à guerra civil em curso no país novas atenções mundiais. De acordo com dados do Centro Sírio de Pesquisas Políticas (SCPR, na sigla em inglês), 470 mil pessoas já morreram desde o início da guerra civil.

De acordo com dados divulgados na última segunda-feira (5) por grupos humanitários das Nações Unidas, 719 pessoas foram mortas só na última semana. Os embates entre rebeldes e aliados do governo de Bashar Al-Assad se estendem desde 2011.

Para facilitar o entendimento sobre a guerra da Síria, o Pleno.News faz um resumo desde as origens do conflito até os últimos acontecimentos.

Desaprovação do novo governista
O presidente Bashar Al-Assad chegou ao poder do país em 2000, após a morte de seu pai. Ele não era o favorito da maioria da população, sunita, que enfrentava alto índice de desemprego e falta de liberdade religiosa desde o governo anterior.

Revoltas populares começaram a se levantar contra as ditaduras do Oriente Médio, ganhando força em 2011, num episódio que ficou conhecido como Primavera Árabe. Entre 2011 e 2012, foram depostos os presidentes do Iêmen, Tunísia, Egito e Líbia.

Reação dura de Al-Assad
Com a Primavera Árabe, os sírios viram a oportunidade de destituir Al-Assad do poder. Ao ver a autoridade ameaçada, o ditador reprimiu qualquer manifestação contra seu governo. A partir de julho de 2011, a população insatisfeita passou a ir às ruas armada para protestar contra o líder.

Criação do Exército Livre da Síria
Com o aumento do número de rebeldes, muitos militares do Exército sírio se rebelaram ao governo. Assim foi criado o Exército Livre da Síria. O grupo jurou lealdade à Coalizão Nacional Síria, principal organização oposicionista.

De acordo com números da coalizão, cerca de 40 mil guerrilheiros integram a frente armada. A partir de 2016, eles recebem o apoio da Turquia, enquanto a Rússia passa a apoiar a causa de Bashar Al-Assad.

Capital da Síria, Damasco, é bombardeada Foto: EFE/Sana

Sanções contra a Síria
Os Estados Unidos e a União Europeia aplicaram sanções contra bens do governo sírio. Alguns governos, como o Irã, se unem à causa de Assad para se voltar tanto contra a política de sanções quanto contra o aumento da revolta sunita. O Hezbollah passa a fazer frente ao Exército Livre da Síria.

Divisão religiosa do Oriente Médio
Desde 2013, os países da região passaram a escolher um dos lados da causa síria na tentativa de preservar os interesses de sua religião. Os países sunitas (Arábia Saudita, Turquia, Jordânia) se unem aos rebeldes, enquanto países xiitas (Irã) apoiam o governo.

Últimos acontecimentos
Alepo, cidade-base dos rebeldes, foi atacada pelos governistas em dezembro de 2016. A partir de então, os embates se tornaram mais violentos na região de Guta Oriental, onde resiste mais um grupo oposicionista resiste.

No dia 18 de fevereiro, um bombardeio no local matou 800 civis, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Os grupos humanitários tentam retirar os moradores de lá diariamente.

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