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Avô resgata 7 netos da Síria e os leva de volta para a Suécia

Crianças estavam em campo de refugiados

Ana Luiza Menezes - 15/05/2019 18h35

Patricio Gálvez recuperou os netos Foto: Reprodução

Patricio Gálvez, um chileno residente na Suécia, chegou nesta quarta-feira (14) a Gotemburgo, na Suécia, com os sete netos, órfãos de jihadistas. O final feliz acontece um mês depois do avô viajar para a Síria a fim de resgatar as crianças do campo de refugiados de Al Hol.

As crianças, de entre 1 e 8 anos, foram levadas ao campo de Al Hol após a queda, no final de março, do último reduto do califado criado no norte da Síria e do Iraque pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI), ao qual seus pais tinham se unido depois de deixar a Suécia.

As autoridades curdas que controlam a região autorizaram, na semana passada, após uma negociação com a Suécia, a transferência das crianças ao Iraque para se reunir com o avô, submetê-las a exames médicos e realizar os últimos trâmites burocráticos.

– A viagem foi boa, estiveram tranquilas. Agora a polícia virá nos buscar e nos levarão aos escritórios dos serviços sociais – declarou Gálvez à televisão pública sueca SVT.

Gálvez revelou que os netos estavam muito felizes e gritaram ao voltar a Gotemburgo, onde seus pais residiam. A mãe era uma sueca de origem chilena e o pai era Michael Skråmo, um jihadista norueguês-sueco, conhecido pelos vídeos nos quais convidava outros compatriotas a se unir ao EI e cometer atentados na Suécia.

FAMÍLIA
A história de Gálvez recebeu muita atenção nos veículos de imprensa suecos e provocou um intenso debate político sobre a necessidade de resgatar entre 60 e 80 crianças de origem sueca e órfãos de jihadistas que estão em acampamentos sírios, algo que foi feito por outros países com seus cidadãos.

O Governo sueco se mostrou inicialmente reticente a atuar, mas acabou modificando sua postura, embora tenha ressaltado que cada caso devia ser tratado de forma individual.

– São covardes que não respeitam a convenção internacional dos direitos das crianças. Hoje não se trata de passaportes e nem de documentos consulares. Trata-se de uma ação humanitária – declarou Patricio, em conversa com a Agência EFE, no mês passado.

Gálvez, de 50 anos e que vive na Suécia há três décadas, lamentava as dificuldades de movimento e comunicação na região, a falta de ajuda e o estado físico de vários de seus netos.

Skråmo e sua esposa, ambos convertidos ao Islã, viajaram de férias em 2014 à Turquia com seus quatro filhos. Depois, eles tiveram mais três bebês e se deslocaram à Síria para se unir ao califado.

*Com informações da Agência EFE

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