Sindicatos marcam greve contra o governo na Argentina
Paralisação deve afetar aeroportos do país nesta terça-feira
Ana Luiza Menezes - 24/09/2018 20h57 | atualizado em 24/09/2018 20h58
A Confederação Geral do Trabalho (CGT) argentina definiu uma greve geral para esta terça-feira (25). O objetivo é protestar contra o governo do presidente Mauricio Macri. A previsão é de que aeroportos, ônibus, metrô, trens interurbanos, os serviços de abastecimento por caminhões, táxis, supermercados, hospitais, escolas e bancos parem.
A medida foi ratificada na manhã desta segunda-feira. Além de reclamarem da inflação, os sindicatos criticam a retomada das negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que deve resultar num endividamento ainda maior do país. O acordo inicial era de US$ 50 bilhões (R$ 202,4 bilhões), mas já se fala de um extra de até US$ 12 bilhões (R$ 48,6 bilhões).
Outro motivo para os protestos são os cortes previstos quanto aos valores das pensões e aposentadorias. Contrariando a população, o governo ameaça ainda retomar discussões sobre a reforma trabalhista, que permitiria terceirizações.
A concentração dos manifestantes deve começar ao meio-dia local (mesmo horário de Brasília) na avenida Nove de Julho. A partir deste ponto, os participantes vão caminhar até a Praça de Maio, diante da Casa Rosada, sede do governo argentino.
Pilotos e funcionários das torres de controle devem aderir à greve, o que pode gerar atrasos e até cancelamentos de voos.
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