Pleno.News - 22/11/2018 19h18 | atualizado em 22/11/2018 19h19

O pastor Lee Jaerock, fundador da Igreja Manmin Central em Seul, em 1982, foi condenado, nesta quinta-feira (22), a 15 anos de prisão por estupro. Ele é acusado de abusar de oito mulheres, algumas delas suas seguidoras que o consideravam um Deus.

Lee negou as acusações e não mostrou emoção diante dos mais de 100 fiéis que acompanhavam o julgamento. De acordo com o juiz Chung Moon-Sung, as vítimas eram incapazes de resistir por estarem submetidas à autoridade religiosa do acusado.

– Em seus sermões, o acusado sugeriu, direta ou indiretamente, que era o Espírito Santo. As vítimas pensavam que ele era um ser com poderes divinos – declarou o juiz.

As denúncias surgiram após as revelações do movimento #MeToo, que ganhou força quando atrizes de Hollywood se uniram contra denúncias de assédio e abuso sexual na indústria cinematográfica. Três fiéis acusaram Lee de as forçar a manter relações sexuais. Uma delas disse que o pastor insinuou que eles estavam no paraíso e que deveriam ficar nus como Adão e Eva.

A igreja fundada por Lee conta com mais de 130 mil fiéis. Ele realizou grandes cruzadas e enviou missionários para a Ásia, América, África e Europa. Lee Jaerock acredita que Deus deu uma visão para a construção do Grande Santuário e fez com que os membros orassem por isso. Ele também fundou a Rede Mundial de Médicos Cristãos (WCDN), que organiza uma conferência anual para analisar medicamente supostos casos de cura realizados por Deus.

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