Sete pessoas morrem durante domingo de protestos no Chile
Manifestações começaram após aumento na tarifa do metrô
Paulo Moura - 21/10/2019 07h37 | atualizado em 21/10/2019 07h45
As autoridades chilenas registraram sete mortes neste domingo (20), em virtude dos protestos violentos que têm acontecido no país desde o anúncio do aumento na tarifa do metrô. A violência motivou, inclusive, a determinação de um toque de recolher por dois dias consecutivos, o último, encerrado às 6h desta segunda-feira (21).
Segundo o ministro do Interior chileno, Andrés Chadwick, ao todo foram cerca de 70 atos de grave violência e mais de 40 saques apenas no domingo. Sete mortes foram contabilizadas pelo ministro.
Na madrugada de domingo, duas pessoas morreram em um incêndio de supermercado no bairro de San Bernardo, ao sul de Santiago. Uma terceira vítima estaria sob acompanhamento médico com 75% do corpo ferido.
À noite, mais cinco pessoas morreram em incêndio dentro de uma fábrica de roupas. O comandante do corpo de bombeiros, Diego Velásquez, disse em uma transmissão para a TV local que o armazém da tecelagem teria sido alvo de saques no bairro de Renca, periferia de Santiago.
Os protestos começaram após um anúncio do governo do aumento de 30 pesos na tarifa do metrô, equivalente a 20 centavos de real. Apesar do presidente chileno, Sebastián Piñera, suspender o aumento na tarifa, os protestos seguiram.
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