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Sem sofrer quarentena, Suécia reabrirá escolas em junho

País europeu foi o que menos adotou medidas de isolamento

Pleno.News - 29/05/2020 14h39

Suécia reabrirá escolas ainda em junho Foto: EFE/Kimmo Brandt

Os colégios na Suécia reabrirão no dia 15 de junho, já as universidades retomarão as atividades normais no outono (entre setembro e dezembro no Hemisfério Norte), após permanecerem de portas fechadas desde meados de março por causa da pandemia de Covid-19, anunciou nesta sexta-feira (29) o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven.

A decisão segue as recomendações da Agência de Saúde Pública, que se baseou em diversos estudos que mostram que o contágio é baixo nas instituições de ensino.

– Tomando isto como base, consideramos que não podemos mais continuar justificando a recomendação de manter o ensino a distância nas instituições – afirmou em entrevista coletiva conjunta o diretor da agência, Johan Carlson.

A Suécia adotou desde o começo uma estratégia mais suave que a maioria dos países europeus, com muitas recomendações genéricas destacando a responsabilidade individual para proteger os grupos de risco, enquanto restrições à vida pública eram introduzidas.

Colégios e universidades foram fechados, mas creches e restaurantes continuaram abertos. Também foram proibidas visitas a asilos de idosos e encontros com mais de 50 pessoas.

A Suécia registra até o momento 35.727 casos de Covid-19 e 4.266 mortes, com uma taxa de 41,9 mortes por 100 mil habitantes, muito superior às dos demais vizinhos nórdicos, mas abaixo dos países mais afetados, como Bélgica, Espanha, Reuni Unido e Itália, segundo dados coletados pela universidade americana Johns Hopkins.

A curva de contágios e mortes tem caído de forma lenta desde o início de abril, e a taxa de reprodução do novo coronavírus se mantém abaixo de 1.

MEDIDA PODE SER RETIRADA
A alta mortalidade rendeu críticas à estratégia sueca, principalmente fora do país, mas as autoridades mantiveram o plano, embora tenham admitido o fracasso na proteção de idosos, mais de dois terços do total de mortos.

– Fazemos isto para facilitar a vida das pessoas em situação difícil, mas seguimos recomendações e regras. A atividade deve ser reativada de forma que não aumente o número de contágios de novo – disse Löfven sobre a reabertura de colégios e universidades.

Löfven advertiu que, se não forem cumpridas as recomendações de saúde em relação a higiene e distanciamento social, o governo não hesitará em adotar medidas restritivas novamente.

O Parlamento sueco aprovou em meados de abril uma lei temporária de urgência que permite que o governo feche portos, aeroportos, estações de trem, centros comerciais e restaurantes, além de redistribuir materiais e remédios sem o aval parlamentar. No entanto, a norma, que vigora até junho, ainda não foi colocada em prática.

*Com informações da agência EFE

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