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Seita no Quênia que pregava “culto da fome” causa 58 mortes

Fiéis eram induzidos por líder a jejuar "para conhecer Jesus"

Pleno.News - 24/04/2023 12h04 | atualizado em 24/04/2023 12h41

Dezenas de corpos são exumados no Quênia Foto: Reprodução/Vídeo GI

A polícia do Quênia exumou 58 corpos perto da cidade costeira de Malindi em uma investigação sobre um pregador que teria dito aos seguidores para morrerem de fome para “encontrar Jesus Cristo”. Havia corpos de crianças entre os mortos. O número, que até este domingo (23) era 47, foi atualizado nesta segunda-feira (24). A polícia disse que as exumações seguem em andamento.

As covas rasas estão na floresta Shakahola, onde 15 membros da Igreja Internacional da Boa Nova (Good News International Church, em inglês) foram resgatados na semana passada.

Outros 26 corpos foram exumados no leste do Quênia neste domingo, em uma investigação sobre a morte de seguidores de uma seita religiosa, informou a polícia.

O líder da igreja, Paul Makenzie Nthenge, está sob custódia, aguardando uma audiência no tribunal. A emissora estatal KBC o descreveu como um “líder de culto”.

Na semana passada, as autoridades encontraram os corpos de quatro adeptos da Igreja Internacional da Boa Nova, dirigida por Makenzie Nthenge, que teria incentivado seus seguidores a jejuar para “conhecer Jesus”.

Os investigadores chegaram à região após uma denúncia que apontava a existência de uma possível vala comum. Contudo, muitos adeptos da seita ainda estão escondidos em uma área de mata.

Uma mulher foi encontrada neste domingo pelas autoridades com os olhos esbugalhados e recusando-se a ingerir alimentos, antes de ser transferida em uma ambulância.

– Essas instituições devem ser fechadas. Não toleramos pessoas que pregam sermões enganosos que causam mortes – declarou o presidente do Quênia, William Ruto.

– O que estamos vendo é um tipo de terrorismo – continuou.

Outros 11 fiéis, sete homens e quatro mulheres entre 17 e 49 anos, foram hospitalizados na semana passada após receberem ajuda na região de mata conhecida como Shakahola.

Makenzie Nthenge compareceu à polícia em 15 de abril, antes de ser detido. Uma fonte policial afirmou que o líder da igreja iniciou uma greve de fome e que “está orando e jejuando” enquanto permanece preso. Segundo a imprensa local, seis seguidores de Nthenge também foram detidos.

Em um relatório, a polícia indicou que recebeu informações sobre várias pessoas “mortas de fome com o pretexto de conhecer Jesus depois que um suspeito, Makenzie Nthenge, líder da Igreja Internacional da Boa Nova, fez nelas uma lavagem cerebral”.

De acordo com a mídia local, Nthenge tinha sido detido e indiciado no mês passado depois que duas crianças morreram de fome enquanto estavam sendo cuidadas por seus pais. No entanto, ele pagou uma fiança de 100 mil xelins quenianos (cerca de R$ 3,7 mil) e foi liberado.

*AE

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