Leia também:
X Putin concede cidadania russa a Edward Snowden, dos EUA

Satélites mostram filas de até 16 km para fugir da Rússia

Homens estão deixando país após Putin convocar 300 mil reservistas para reforçar tropas na Ucrânia

Pleno.News - 27/09/2022 15h50 | atualizado em 27/09/2022 16h27

Satélites mostram filas de até 16 quilômetros para fugir da Rússia Foto: Reprodução / Maxar Technologies

Imagens feitas por satélite pela empresa Maxar Technologies mostram que longas filas de carros se formaram nas fronteiras da Rússia com a Geórgia e com a Mongólia. Homens russos estão fugindo para países vizinhos para evitar a convocação para lutar na guerra da Ucrânia.

O plano do presidente Vladimir Putin é convocar 300 mil reservistas para reforçar as tropas russas na guerra na Ucrânia. A mobilização foi anunciada no dia 21 de setembro. Não há dados precisos a respeito do tamanho do êxodo para outros países.

Cenas como as da fronteira da Rússia com a Geórgia e a Mongólia também ocorreram nas divisas com o Casaquistão e a Finlândia. A Rússia não fechou suas fronteiras, e os guardas, aparentemente, deixam as pessoas saírem do país.

A fila de carros e caminhões tentando sair se formou em um ponto de passagem no lado russo da fronteira, segundo a empresa norte-americana Maxar Technologies, que divulgou as fotos na segunda-feira (26).

– O engarrafamento provavelmente continuou mais ao norte da área fotografada – disse a empresa com sede nos EUA. Fotos aéreas da empresa mostram veículos serpenteando em outra longa fila perto da fronteira da Rússia com a Mongólia.

Os carros também estão alinhados nas fronteiras da Rússia com a Finlândia e o Casaquistão desde a semana passada, quando Putin anunciou a convocação de pelo menos 300 mil reservistas para lutar na guerra na Ucrânia. Foi a primeira mobilização de reservistas da Rússia desde a 2ª Guerra.

A confusão sobre quem poderia ser convocado também levou milhares de pessoas a fugir, juntamente com o medo de que as fronteiras da Rússia pudessem ser fechadas para homens em idade militar.

Eles não têm muitas opções se não quiserem se deslocar para a Ucrânia. As nações bálticas fecharam suas fronteiras terrestres. Nos últimos dias, pilhas de bicicletas abandonadas perto de postos de fronteira apareceram em imagens de mídia social.

A agência de notícias russa TASS disse que mais de 5 mil carros estavam esperando por horas na fronteira com a Geórgia nesta terça-feira (27).

No domingo (25), a espera para entrar na Geórgia chegou a 48 horas. O país permite que cidadãos russos entrem sem visto. Em determinado momento, mais de 3 mil veículos estavam na fila para cruzar a fronteira, informou a mídia estatal russa, citando autoridades locais.

Os voos para fora da Rússia se esgotaram, e os carros se acumularam nos postos de fronteira. Os voos que partem de Moscou estão esgotados ou há poucas passagens (a preços astronômicos).

No Casaquistão, o presidente Kassym-Jomart Tokayev disse na terça-feira que seu país conversaria com Moscou sobre o influxo e buscava “manter um acordo com os países vizinhos”. Ele chamou de “situação difícil”, mas disse que não havia motivo para pânico depois que dezenas de milhares de travessias de cidadãos russos foram relatadas nos últimos dias.

As autoridades finlandesas disseram ter visto um aumento de quase 80% nas entradas da Rússia após a mobilização, mas a Guarda de Fronteira finlandesa também disse na terça que “a maioria das chegadas segue para outros países”.

O Kremlin descreveu os relatos de um êxodo como exagerados, apesar dos crescentes sinais de reação à mobilização.

*AE

Leia também1 Putin concede cidadania russa a Edward Snowden, dos EUA
2 Jovem brasileiro é considerado o melhor violinista do mundo
3 Russo ataca zona de alistamento a tiros por medo de ir à guerra
4 Rússia ameaça usar armas nucleares: "Não é um blefe"
5 Ex-prisioneiro da Rússia era forçado a ouvir ABBA em tortura

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.