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Salário mínimo na Venezuela aumenta 375% e chega a R$ 60

País sofre com a pior crise de sua história moderna

Gabriela Doria - 14/10/2019 16h56 | atualizado em 14/10/2019 19h54

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reajustou salário mínimo Foto: EFE/Prensa Miraflores

O governo de Nicolás Maduro anunciou nesta segunda-feira (14) um aumento de 375% no salário mínimo legal na Venezuela, que passou de 40 mil para 150 mil bolívares por mês, o que equivale a passar de 2,02 dólares para 7,60 dólares.

O anúncio foi feito pela Comissão de Trabalhadores da Assembleia Nacional Constituinte. Trata-se de um fórum composto por mais de 500 simpatizantes de Maduro e cuja legitimidade não é reconhecida pela maior parte da comunidade internacional.

O mesmo aumento dado ao salário mínimo foi aplicado à chamada cesta tíquete socialista, o bônus de alimentação de pagamento obrigatório na Venezuela.

– A nova renda mínima para todos os trabalhadores na República Bolivariana da Venezuela foi estabelecida em 300 mil bolívares soberanos, dos quais 150 mil correspondem a salário mínimo e 150 mil à cesta tíquete socialista – declarou o presidente da Comissão de Trabalhadores, Francisco Torrealba.

A soma do salário mínimo com o tíquete socialista chega a 15 dólares

Torrealba não esclareceu quando o aumento passará a valer ou se também beneficiará as mais de 4 milhões de pessoas que, de acordo com o governo de Nicolás Maduro, recebem aposentadorias que equivalem ao salário mínimo no país.

Em agosto de 2018, Maduro lançou um pacote de medidas econômicas que vincularam o salário mínimo à criptomoeda petro, que é alvo de uma sanção dos Estados Unidos e tem pouca incidência no sistema de pagamentos do país.

As principais entidades patronais da Venezuela ainda não se pronunciaram sobre o aumento, assim como sindicatos de trabalhadores, que exigem há vários meses uma melhoria substancial no valor.

A Venezuela atravessa a maior crise econômica de sua história moderna, com ciclos de escassez e altos preços dos produtos básicos e remédios causados por uma inflação que o Parlamento, controlado por opositores de Maduro, estimou em mais de 3.000% nos primeiros nove meses de 2019.

*Com informações da agência EFE

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