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Justiça suspende execução de Montgomery poucas horas antes

Ela é a única mulher no corredor da morte nos EUA e seria a primeira a ser executada desde 1953

Pleno.News - 11/01/2021 20h36 | atualizado em 12/01/2021 15h38

Lisa Montgomery Foto: Reprodução

Um juiz federal do estado da Indiana, nos Estados Unidos, suspendeu a execução da única mulher no corredor da morte federal dos Estados Unidos, onde estão os presos condenados à pena capital em julgamentos em tribunais federais. Ela seria executada nesta terça-feira (12) por injeção letal, na penitenciária de Terre Haute, em Indiana.

Lisa Montgomery é a única mulher no corredor da morte no país. Ela foi condenada por assassinar, em 2004, uma grávida de 23 anos. Após o crime, Lisa usou uma faca para retirar o bebê de dentro do útero da mãe da criança e sequestrou-o. O bebê sobreviveu ao crime e foi entregue ao seu pai biológico.

Caso aconteça, a execução de Lisa será a primeira do tipo desde 1953, quando Bonnie Brown Heady foi executada na câmara de gás, por sequestrar e matar de um menino de seis anos de idade. Lisa Montgomery tem 52 anos e, de acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, o crime cometido por ela foi considerado “especialmente hediondo”.

O CRIME
Na época, Lisa Montgomery tinha 36 anos e havia marcado com a vítima uma visita, para comprar filhotes de cão. Bobbie Jo Stinnett residia na cidade e Skidmore, Missouri.

O órgão descreveu o crime da seguinte maneira: “Dentro da residência [de Bobbie Jo Stinnett], Montgomery atacou e estrangulou Stinnett, que estava grávida de oito meses, até que a vítima perdeu a consciência. Usando uma faca de cozinha, Montgomery então cortou o abdome de Stinnett, o que fez com que ela retomasse a consciência. Uma luta se seguiu, e Montgomery estrangulou Stinnett até a morte”.

A condenada utilizou uma corda para estrangular Stinnett e, depois, retirou o bebê do corpo da mãe. Lisa Montgomery levou o bebê à casa que dividia com o marido no Kansas e tentou fingir que o bebê era seu. Já o corpo de Bobbie Jo Stinnett foi encontrado horas depois pela mãe, Becky Harper.

A polícia chegou à casa de Montgomery no dia seguinte devido a conversas encontradas no computador e encontrou o bebê, uma menina. Lisa então confessou o crime.

JULGAMENTO
Lisa Montgomery foi julgada e condenada por sequestro e assassinato em outubro de 2007. Ela foi defendida por um defensor público e por outro advogado. Nenhum deles apresentou evidências de abuso ou problemas que pudessem fazer com o que o júri não a condenasse à morte.

À BBC Brasil, estudiosos do caso afirmaram que ela poderia ter escapado da pena capital caso sua defesa apresentasse o histórico.

– Se as pessoas entendessem como ela chegou ao ponto de cometer esse crime, compreenderiam que ela sofre de doença mental grave e que essa doença é fruto do trauma que ela viveu – disse ao veículo a professora de Direito Leigh Goodmark, da Universidade de Maryland.

HISTÓRICO
De acordo com a BBC, Lisa Montgomery cresceu em uma família disfuncional e foi abandonada pelo pai na infância. Uma de suas irmãs sofreu abusos de um amigo da mãe aos 8 anos de idade, o que foi presenciado pela condenada.

Além disso, continuou o veículo, Lisa Montgomery também passou a ser abusada pelo padrasto aos 11 anos de idade, além de ter sido espancada.

Os estupros teriam continuado ao longo da adolescência, sendo que aos 15 anos, Lisa Montgomery passou a ser forçada, pela mãe e pelo pai, a prostituir-se com vários outros homens.

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