Gabriela Doria - 04/03/2022 15h12 | atualizado em 04/03/2022 15h53

O Congresso da Rússia aprovou nesta sexta-feira (4) uma lei que pune com prisão quem disseminar críticas ou informações consideradas falsas sobre as forças armadas do país.

De acordo com autoridades russas, os militares têm sido alvos de notícias falsas durante a guerra na Ucrânia. Entre os “portadores” das supostas fake news estão países inimigos da Rússia, como os Estados Unidos e seus aliados. Eles alegam que as outras nações tentam criar discórdia e dividir seu povo, na intenção de criar uma guerra de informação.

– Se as fake news levarem a consequências sérias, a prisão poderá ser de até 15 anos – disse o parlamento russo em nota.

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BLOQUEADAS
A aprovação de uma lei mais dura contra o que o governo considera fake news ocorre ao mesmo tempo em que o acesso a veículos de comunicação estrangeiros estão sendo restringidos. Entre as empresas atingidas estão a BBC e a Deutsche Welle. A Rússia alega que essas redes estão disseminando notícias falsas sobre a invasão da Ucrânia.

Em função da nova lei, a BBC informou que está suspendendo as atividades em território russo.

– Nossos jornalistas na Ucrânia e ao redor do mundo continuarão a reportar sobre a invasão à Ucrânia – disse o diretor-geral da BBC, Tim Davie.

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